sábado, outubro 04, 2008

Mother Rússia

Seja pela distância cultural e proximidade geográfica, ou mais provavelmente pelas obras de Dostoievski, a sua história longa, complexa, repressiva e sangrenta tornam a Santa Mãe Rússia e a sua história uma enorme fonte de atracção para todos aqueles que gostam de perceber melhor os processos por qual o nosso mundo se rege.

Desde a Rússia imperalista dos czars, até à revolução Bolchevique de 1917 que levou à URSS, passando pela Rússia de Gorbatchev (o homem com a caganita de pássaro na cabeça), e a sua perestroika, esta sempre foi uma nação marcada pelo isolamento do mundo exterior. Profícua em poderes ultra centralizados, autoritários, marcados por uma cunha reaccionária que não tolera oposição, vive na angústia da sua vulnerabilidade histórica a ataques inimigos, resultante da sua imensidão e vastas fronteiras, incrustada em dois continentes.

Conhecendo a sua história não é difícil de perceber a sua obsessão por uma forte defesa militar e manias de uma actual dita democracia federal, sempre pronta a defender de forma intransigente a soberania e integridade russa, mesmo que isso tenha de custar a liberdade e a vida dos próprios cidadãos.

Nos tempos que correm apraz-me lembrar o hino elaborado como ode à União das Républicas Socialistas Soviéticas. Apesar de não perceber patavina do que dizem para lá suspeito que exulte as grandes vitórias militares e sociais contra o capitalismo, o poder privado, económico, e a centralização de tudo à volta do Estado soberano e senhor dos bens e mentalidades.



A Rússia de hoje é diferente. Vive na mesma e eterna dicotomia da aproximação ao mundo, entre uma Rússia mais europeísta, idealizada por Pedro O Grande e simbolizada pela racional, elegante e iluminada São Petersburgo, e a Rússia dos Bolcheviques mais auto-centrada em si, simbolizada por uma crispada, solitária e orgulhosa Moscovo, que após 17 anos da queda do regime Soviético continua como capital de um país com um incrível património de museus, palácios, catedrais e bibliotecas. Espólio a que esta Rússia nunca mostrou verdadeiro apreço.


Fui, tomar a minha pill anti-comuna.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Eu acredito no povo russo. Ele é humilde, e daí virá a salvação da Rússia!"

Para quando uma viagem a S. Petersburgo e Moscovo?

Porto *Ryanair avião que não cai* Estocolmo *Ferry a la Bari Dubrovnik* S. Petersburgo *Comboio em 3ª classe com ciganos por 50kopecs* Moscovo

Anónimo disse...

olhem para a barba do 2º gajo do vídeo!! lolololololololololololol