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segunda-feira, setembro 01, 2008

Dando resposta aos vossos inúmeros mails com opiniões, divagações e calúnias ocorreu entre as centenas de milhares uma ideia que logo se tornou luminosa ao nossos olhos. Sem mais delongas deixo os nossos agradecimentos à fã em questão e passo a expor o objectivo e conteúdo da nova rubrica que terá periodicidade mensal, salvo qualquer ocorrência de magnitude inimaginavelmente catastrófica.

Todos os meses será colocada uma pergunta feita por vocês (a qual devem endereçar para OsAmendoinsDoRiky@yahoo.com), pergunta essa que deve ser revestida da mais elevada pertinência, aceitando-se igualmente aquelas que possam ser adjectivadas de parvas, estúpidas e surreais.

As respostas serão dadas nos comentários por nós próprios e por todos aqueles que nos visitam. O que me leva a deixar o meu execro a todos aqueles que por aqui passam e não ousarem dizer o que pensam. A minha terrífica praga consiste no desejo que ouçam Os Delfins, D'Arrasar e Just Girls até ao final da vossa vida e início de eternidade. Nhã Nhã. Amén.

A pergunta deste mês de Setembro foi sugerida pela visionária desta rubrica e é a seguinte:

Bom dia/tarde/noite/madrugada, whatever…
Queria propor aos Amendoins, grupo de pessoas extremamente dotado de inteligência e sabedoria, uma questão que me tem assombrado desde os meus mais tenros dias.
Como boa amante da leitura (nem sempre dos grandes clássicos de Dostoyevsky, mas cada um lê o que lhe cai mais no interesse), sempre existiu um factor que me causou grande desagrado e dores no pescoço. Porque é que a lombada dos livros não têm todas uma orientação universal? Do género 1+1 ser 2, pelo mundo fora. Como odeio (e adoro ao mesmo tempo) passear-me por uma livraria de cabeça tombada ora para a esquerda, ora para a direita, na tentativa de perscrutar entre os títulos literários, algum em que me foque o interesse.
Tal problema mantém-se na questão dos dvds, não sendo tão problemática, por terem uma diferente estratégia de posicionamento à venda.

Digam de sua justiça, oh almas clarividentes e abonadas divinamente por S. Onte, padroeiro dos amendoins (quem sabe...)
Uma seguidora das vossas pegadas bloguistas e ansiosa por algum esclarecimento superior,

Sara

PS.: Obrigado por tudo meus Deuses da sabedoria e beleza masculina.


E também feminina...

terça-feira, junho 17, 2008

Icy Tricks, em "PINGU"


Ora muito bem, de facto, eu tinha em mente fazer uma espécie de “introduçãozita” àquilo que terão a possibilidade de visionar abaixo, mas dada a tardia hora que marca o meu relógio de momento, dada a vontade de dormir que insiste reclamar comigo, sem mais, vou convidar-vos a assistir a uns minutos de pura animação :P

Porque NTC tem destas coisas... deixo-vos com esta “curtíssima” de animação 3D! (atentos à duvidosa qualidade de imagem do vídeo, dado o formato de qualidade duvidosa no qual é apresentado ^_^)


É o "PINGU"!



(brevemente em versão “jogável”!)

* cya

segunda-feira, abril 28, 2008

Grande Produção
ID, EGO e SUPER-EGO


Partindo de uma situação comum do nosso quotidiano entramos em diferentes pensamentos que nos mostram o quão desiguais podem ser as mentalidades, complacências e os objectivos das pessoas. Até onde nos levam as divagações? Serão elas fruto de uma personalidade intrínseca?
Conhece-se a si mesmo?
Deixe o ID, EGO e SUPER-EGO ajudá-lo nessa descoberta!


Brevemente numa sala de cinema perto de si! =)

quinta-feira, abril 10, 2008

A vida atribulada de um estudante... de medicina
&
(stuffs e COIXAS saídas da muy nobre instituição CP)

(imagem que ilustra uma doutora muito querida, no auge da sua credibilidade pois, para além de MÉDICA, é MULHER...)

Este caso caricato que vou relatar aconteceu a um colega meu, na urgência do serviço onde estamos a estagiar (que não refiro o nome dada a grande probabilidade de represálias efectuadas por santíssimas e ilustríssimas autoridades militares...).

Estava ele, coitadito, a sair do vestiário do bloco operatório com a indumentária adequada, pronto para exercer, com pleno direito, a sua actividade de estágio (assistir a cirurgias, etc...) quando, passando por um médico, com naturalidade e humildade lhe desejou votos de um "Bom dia". Este (como que atónito com tal ofensa transcendental) fulminou-o com o olhar, quase pulverizando o pobre rapaz, e questionou-o, com uma indignação mordaz:

- QUEM É VOCÊ?!

O rapaz, ainda não plenamente desfeito desta intempérie, deu as explicações triviais e devidas, dizendo que era do 6º ano e que estava a estagiar naquele hospital, e que fora o seu assistente a sugerir-lhe ir para o bloco operatório. Não tinha ainda terminado completamente a explicação, quando o médico esbracejou:

- MAS, VOCÊ É MILITAR?!

... (não)

- ENTÃO PONHA-SE DAQUI PRA FORA, QUE ISTO NÃO É NENHUM CABARÉ!!

Ainda se conservou alguns segundos na posição em que se encontrava, ainda envolto em dúvidas sobre o que teria feito de tão horrífico naquele local, se tinha sido o pequeno bufo que lhe tinha saído há minutos (não, ele tinha a certeza pois não havia ninguém num raio de vários metros) ou se o seu aspecto cansado sugerisse vida de boémio ou de drogado... por outro lado, não sabia ao certo qual a melhor forma de terminar este diálogo interessante. Acabou por lhe sair "Hmmm, ok", virando costas e indo para casa. Eram 9 e meia da manhã.


Por último não podia deixar de felicitar os senhores engenheiros júris da CP, outra coisa não podem ser senão dignos, íntegros, credíveis e inimputáveis. Tempo não lhes faltou para fazerem as suas escolhas criteriosas, coitados, muito embora para eles a decisão caísse num espaço temporal "breve". Enfim, estas catalogações temporais são sempre subjectivas, coitados, de facto se compararmos em termos cosmológicos tratou-se de um intervalo de tempo muito curto... Muitos parabéns à Charlotte, à Dulcineia e ao Adriano, com certeza que foram premiados na vida com outros belos atributos que não podemos encontrar nos seus nomes próprios.

Amen

segunda-feira, março 03, 2008

História do Tipo Coixa

Corria o ano de mil novecentos e noventa e cinco, sábado à tarde, de um dia em que o acontecimento principal no pais era o espectáculo internacional do festival eurovisão da canção. Já na altura um espectáculo obsoleto, a minha mãe referiu na altura ao jantar as seguintes palavras: "Isto não tem jeito nenhum!! Muda isso."

E não tinha realmente o nosso representante na altura lutava para ficar entre o 20º e 23º lugar e último. Por curiosidade o ilustre representante português era um tal de Tó Cruz com a música Baunilha e Chocolate, apesar do título da música nos remeter a dois dos mais saborosos e apreciados sabores esta era mais uma musiquinha insossinha quanto baste na linha das mais lendárias e tristes musiquinhas que costumamos levar a este certame internacional.



Nessa mesma tarde eu estive num dos muitos e saudosos bailes de aniversário ao qual tive a felicidade de ser convidado. Numa garagem em Arrifana raparigas e rapazes em número par juntavam-se para dançarem o mais agarradinhos que podiam e sabiam os sucessos da música pop da altura, como Bon Jovi. Assim que ela terminava e quando num consenso geral nos sentíamos suficientemente cansados ou "molhados" (Nunca tal me aconteceu...) separavam-se os sexos e discutiam-se coixas. Desconheço os assuntos dos seres do sexo feminino, mas os nossos, de rapazes na flor da idade eram de uma variedade temática alucinante, oscilando entre o futebol, consolas e jogos de vídeo e o cu da Ana Raquel e as maminhas da 500, tudo isto enquanto bebíamos sumo de laranja com gás e comíamos bolinhos.
Num desses intervalos aconteceu-me 1 episódio que assustadoramente me veio à cabeça à cerca de 3 horas quando fui à casa de banho e o qual vou passar a relatar:

Além de ingerirmos líquidos e alimentos, nesses intervalos por vezes também urinavamos todos juntos... esse dia não fugiu à regra, fomos todos portanto urinar para umas ervas de enormes dimensões que proliferavam por lá, e foi durante o fazer da necessidade fisiológica que olho para o lado e vejo o pénis de um dos meus colegas, o que me levou a dizer-lhe o seguinte:

"OH Coixa tens a pila branca!!"

Ao qual ele respondeu:
"Ela é axim."

Lembro-me de na altura ficar inquieto, o pénis dele além de ser muito mais pálido do que o meu e do que qualquer um que eu já tinha visto, tinha a glande completamente visível. Por momentos pensei para mim mesmo, este gajo é mais homem que eu e todos os outros a quem eu já vi o pénis. Mas rapidamente me passou essa ideia da cabeça, porque afinal de contas eu conseguia mijar mais e mais longe do que ele, além do tipo ser uma autêntico instrumento de tortura para as menininhas a quem calhava a sorte de dançar com ele.
O gajo era um tipo alto para a idade e literalmente inclinava-se para cima do seu par, deixando cair todo o seu peso sobre a pobre coitada que o tinha de aguentar durante uns longos 4, 5 minutos até a música acabar.
Até doía só de ver! Era ver a cara de desespero das menininhas quando lhes calhava a vez de fazer par com o Tipo Coixa. Por estes motivos acabei o dia a dizer para mim mesmo: "Naaaa este gajo não pode ser mais homem que eu!!"

A pergunta que se impõem neste momento é porque é que me foi lembrar novamente do falo deste indíviduo numa ida à casa de banho volvidos 13 anos?????

Fui

domingo, março 26, 2006


Esta é a história de António Joaquim. António Joaquim era um homem, um homem íntegro. Este depoimento sério é para aqueles que ouvem boatos do género “betandwin = colhões de massa” ou “há homes a viver daquilo a ganhar 500 contos por mês” ou “aquilo é melhor que ir às quengas”. António Joaquim relata aqui, em 1ª mão a sua trépida tragédia, um home que de um momento para o outro viu a sua vida mergulhar num abismo eterno de sofrimento agonizante, como que envolvido numa digestão pérfida e milenar. Tudo porque jogou no BetandWin. Vejam só:

Senhor Joaquim, diga-nos como era a sua vida antes de conhecer o Betandwind…
Ai meu jovem, ai a minha vida, ai como era ela … (suspiro)

O senhor era feliz era ?
Quer-xe dixer… ora bamos la a ber… (silêncio), dentro das poxibilidades sabe como é ? um home no campo não tem a poxibilidade de andar praí a buber todos os diazezz, mas no que a gente podia, bebia axim de bez em quando uma pinguita.

(...) Então e... como conheceu o betandwin?
Sabe ixo foi uma bex, que aquele grande homem, o presidente da Junta, o Abecáxio tá a ver quem é ? É um grande homem lá da terra. Ele pôs la exa coixa da Internet. De modos que comexei a mexer axim nas teclas e comexei a entender-me com exas novas tecnologiazz! Tanto k até andei por vários xitios lá onde a rapaziada drogada escrevia e eu dava la conxelhos muito bons xabe ??

Ah sim ? Que tipo de conselhos ?
Olhe, aconxelhaba-os a irem po campo e coixas bonitas axim. Ixo de andar a estudar até muito tarde ixo tá muito mal, é por ixo que este país não abanxa pa frente. Há-de ver, meu menino, que no tempo do Xalazar, Portugal era dos paixes mais importantes do mundo! do mundo!! La o Hitelere nem xe atreveu a paxar por cá! É ou não é verdade?? E oh mais são cantigazz!

Mas então, andou na Internet e descobriu o betandwin …
Ah ixo xabe… ixo foi uma bex que ouvi k andava um home, um tal de … pilitas, palitas ou qualquer coixa axim, a ganhar honestamente as centenazzezz de contos aí nexa coixa. De modos que fui la, inda cheguei a be-lo, e comexei a perguntar-lhe umas coixas porque ele era entendido naquilo xabe como é… por acaxo da bex que conberxei c ele ele tebe azar àkilo. ai, mas o que é que eu fix, que é que eu fix…zzezze...

O que lhe aconteceu ?
Ai que desgracia, que desgracia! Acontexeu que o meu clube, o Benfica, eu sou sócio nº 122 xabe… ia jogar, não sei se xabe, com o Livrepool. E exe pilitas e toda a gente dixia que não habia hipótese. Olhe, apostei quaxe tudo o que tinha no Livrepool. E foi o que foi. Perdi tudo, o dinheiro, também a honra, pois nunca maix conxegui olhar po meu clube de cabexa levantada! Que bergonha, xe o Beiga sabe desta traição xou um home morto. Ai, meu benfica, meu benfica ... (silêncio) De modos que olhe, aos 79 anozz aperxebi-me que eu não era mais k os drogaditozz que eu aconxelhaba, meti-me numa camionete para o Porto, meti-me la pa ribeira e comexei a drogar-me la com a rapaziada com o pior que habia! Quer xaber como arranjo o dinheiro?

Muito obrigado. Uma última palavra para quem o está a ouvir.
Não xe metam no Betawin! É caminho andado pa desgracia e po inferno ! Afastem-xe enquanto podem !

Olhe, eu propunha-lhe que desse o seu contacto para que quem lesse pudesse confirmar tudo.
Ai, nao faxa ixo !

Vá lá!
Tá bem. O meu número é o 961273824. Quem quixer pode ligar e xaber xe o Jumbu compra directamente aqui à malta.

sexta-feira, abril 01, 2005

AMENDOINS COM AZEITE

Episódio 14

Lançando-se furiosamente castelo fora, Lord Pilinhitas dirigiu-se a casa de Enda da maneira que pôde, devido ao seu debilitado estado geral. O seu baixo-ventre foi transformado em algo monstruoso pelo grande chumaço do seu escroto. O pobre home teve mesmo de caminhar com as costas inclinadas para trás para equilibrar tal peso. Foi preciso algum esforço para chegar à última casa do reino…
Knock knock. Subitamente, ouve-se algo que nem a serenidade daquela pacata tarde de primavera soube igualar. Ouve-se a voz de Belica del Toboso.
- Minha xenhora deixe tar qu’eu atendo!! – Diz com entusiasmo, saltitando alegremente para a porta.
- Deixo tar ? Você tá aqui mesmo pa atender a porta sua badalhoca! Andamos aqui a brincar ou quê?? ABRA LA ISSO seu andor!! Foista… - Ao dizer isto, Enda não contém a sua fúria e atira a panela de pressão directamente do fogão para a face celestial de Belica.
- Concerteza minha fiel senhora amiga verdadeira do coração!
E, com passos decididos, abeira-se da porta, abrindo-a. Viu um vulto magro à sua frente com semblante pesado. Pareceu-lhe tratar-se de um pedinte, embora com sensação “dejá vu” de o conhecer de algum lado. Já Lord Pilinhitas teve um choque, um verdadeiro CHOQUE, desmaiando e caindo desamparado, baboso, nos braços de Belica.
- MAS AFINAL QUEM É ? QUEM OUSA INCOMODAAAR-ME?!
- É um mendigo que desmaiou de tanta fome minha xenhora!
- Não estamos cá para aturar esse tipo de gentinha! Dê-lhe 2 tabefes e escorrace-o daqui pa fora! – Ripostou Enda.
Seu dito, seu feito. Atirado para o meio da estrada, o infortúnio do príncipe não terminara por ali. Pensando tratar-se de um farrapo no meio do chão, um condutor de uma junta de bois apenas muito em cima viu que se tratava de um ser humano e, por muito que se desviasse, não conseguiu evitar que a roda direita da carroça passasse por cima dos costados de Lord Pilinhitas. Não querendo tomar parte da responsabilidade de tal desastre, pisgou-se estrada fora exigindo dos bois, cavalos.
O alarido foi tal que conseguiu a proeza de tirar a lontrosa Enda do seu choco (a vida desta autêntica lontra resumia-se a isso, agora que tinha Belica para fazer tudo quanto fosse serviço). E, vendo que era o príncipe, mais uma vez infernizou Belica:
- AI SUA ESTUPIDA, SUA PORCA, SUA CADELA!!! KEM A MANDOU BATER NO MEU PRÍNCIPE??
Sem demora, arremessou o fogão de lenha em brasas adecontre as frontanhas da nossa menina que, coitadinha, teve que fazer o que pôde... Logo logo o príncipe foi instalado nos aposentos de Enda. À mercê desta víbora maquiavélica, só um milagre poderá salvar o Reino de Encantar…

ESTA É UMA OBRA FICTÍCIA. QUALQUER SEMELHANÇA COM FACTOS REAIS É PURA COINCIDÊNCIA.

segunda-feira, março 28, 2005

AMENDOINS COM AZEITE - Regressa 6a feira

sábado, março 12, 2005

AMENDOINS COM AZEITE
Episódio 13

Abruptamente imerso no lado negro da força, Lord Pilinhitas não se conteve. De um momento para o outro, a finalidade, o própósito da sua vida alterou-se radicalmente - espancar o ser que se acomodava regaladamente a seu lado no leito real.
Assim, furioso, arregaçou o punho e desprendeu-o velozmente na direcção de Enda. Vendo aproximar-se o esboço da fúria de Lord Pilinhitas, Enda não se conteve. De modo que além de se defender de tal poderoso ataque, fabricou uma reacção. Com uma cambalhota maremotonesca, colocou os seus volumosos glúteos celulíticos na face de Lord Pilinhitas, descarregando toda a panóplia de agradáveis odores acumulados dos petisquinhos saboreados à pouco no baile. Arrastado pelo avassalador poder putrefacto de tal bufo, Lord Pilinhitas foi passivamente propulsionado adecontre a parede do quarto real. Aí, Enda, com um golpe de rins clamoroso, fez embater violentamente os seus seios pesados na face de Lord Pilinhitas, deixando-o inanimado. Ainda não contente, colocou as suas mãos nos seus mamilos e ordenhou-se, atirando a alta pressão o seu líquido na carcaça do pobre coitado. Num toque final de requinte, escarrou na pobre alma.
Vendo o espalhafato e a miséria que tinha provocado, Enda partiu do quarto, tendo ainda o discernimento de vestir o véu islâmico para não apanhar uma contipação lá fora.
Quando os lacaios reais entraram no quarto real na manhã seguinte, encontraram um cenário desolador: o príncipe escancarado, como veio ao mundo, imerso num líquido pegajoso que o colou ao chão. Foram precisas várias mãos para o tirar dali. Desta vez, o saldo do infortúnio não ficou nada a dever ao do encontro com Belica, tendo ficado com a face toda pisada, um maxilar deslocado e 2 dentes partidos. Quando acordou de um coma profundo de alguns dias, Lord Pilinhitas viu-se confrontado com alguns infortúnios. O seu escroto encontrava-se descido até ao joelho, fruto de uma infecção que, segundo o curandeiro real, é devida a uma bactéria multiresistente a todos os antibióticos existentes. Mas aquilo que se tinha mais receio, e que impossibilitaria uma vida igual à de tantos rapazinhos, era uma micose contraída na sobrancelha. Vendo a sua vida de mal a pior, Lord Pilinhitas salta violentamente da cama, decidindo dirigir-se a casa de Enda, a fim de acertar contas.

ESTA É UMA OBRA FICTÍCIA. QUALQUER SEMELHANÇA COM FACTOS REAIS É PURA COINCIDÊNCIA.

sábado, março 05, 2005

AMENDOINS COM AZEITE

Episódio 12

E assim se fez história. Assim Enda foi transportada aos aposentos d'El Rei King Shihanitis, perante toda a incredulidade deste em ver que a salvação do reino de encantar, a mulher pela qual todo o povo reza e pela qual o seu filho chora como um babão, não passa de Enda. A mulher que já sugeriu vezes sem conta a Lord Pilinhitas que, diga-se aos mais esquecidos, já recusou gentes de saias de praticamente todo o mundo. Por muitos poderes k El Rei King tenha, buscar mulheres a outros planetas ainda não consta dos seus poderes nesta encarnação... mas pronto, aqui está Enda. A escolhida do seu filho naquele desvairado passeio castelo fora. Valha-nos Deus.
- Que se mate 100 borregos, hoje o reino está em festa! Que seja feito hoje mesmo um baile de máscaras para anunciar o noivado! - Disse King Shihanitis com toda a eloquência de um ser hierarquicamente superior.
- Hip Hip urra! - acrescentou.
- Mas senhor King, já são 6 da tarde - respondeu um dos lacaios.
- FOSSE 7 FOSSE 8 FOSSE 10!! QUERO UM BAILE HOJE MESMO! E QUE TODO O REINO ESTEJA AQUI PRESENTE!! MECHAM-SE CARCAÇAS PUTREFACTAS!
Bom, e segundo reza a história, o baile foi mesmo realizado naquela noite. Não me perguntem como nem porquê, por vezes nem os próprios autores percebem o porquê do que escrevem... Falando de quem interessa, Lord Palinhitas mascarou-se de xulo do Algarve, com uma tanguinha pele de leopardo chanel (no fundo o que queria era mostrar a sua caixa torácica musculada). Já Enda preferiu trajar-se com um véu islâmico, o qual realçava especialmente bem a sua beleza e formosura.
E assim, foi ver o príncipe aproximar-se a pouco e pouco, da sua pseudomenina. Chegado, à beira desta, desbravou-se com estes palavreados:
- Esperei tanto por este momento/Fada do meu pensamento/Ahhh! Poderás ser mesmo tu?/Nem conseguia fazer pupu!
A resposta que levou da sua menina foi um pequeno dançarete condizente com a grandiosidade da sua cantiga de amor. Mas nada ouviu. Logo se lhe veio à cabeça que o encanto das palavras que proferiu tinha emudecido a menina. Sem mais demora, ripostou:
- Ai meu orvalho matinal, minha brisa anal, ficou tanto por dizer no nosso encontro anterior... uuuuuuuhhhh ... uhhh ...
Por muito lógico que fosse, posso dizer-vos que estes últimos vocábulos do príncipe não faziam parte da sua declaração original. O que se passou foi que Enda resolveu ir directamente ao assunto que a trazia ali. E assim, num gesto decisivo e determinado, envolveu o leopardo e tudo o resto. Vendo a gente à sua volta distraída com os dançaretes daquele tempo, pegou no príncipe com a outra mão e levou-o para o quarto real, tão conhecedora que era daquele castelo.
Aí, aconteceu tudo um pouco. Por um lado, a luta de Lord El Pilinhitas em tirar o véu da cabeça de Enda para ver Belica e por outro, a nossa queridíssima Enda a cumprir aquilo a que se tinha proposto. No meio disto tudo, levou Enda a melhor. Véu para cima (até à cabeça), tanguinha chanel para baixo, foi um fartote. O príncipe bem esperneou, mas de nada lhe valeu. Era um verdadeiro fantoche nas garras da lontrosa Enda. É então que, no fim, na aparente calma do leito, Lord Pilinhitas retira o véu da menina...
Um golpe de sangue apodera-se da face de Lord Pilinhitas, à medida que se começam a vislumbrar sinais cada vez mais nítidos de terror instalado. É então que surge um grito.
-- ENDA !!?!?!?!?!?!?!?!

ESTA É UMA OBRA FICTÍCIA. QUALQUER SEMELHANÇA COM FACTOS REAIS É PURA COINCIDÊNCIA.

AMENDOINS COM AZEITE

Resumo dos últimos episódios

Depois do fatídico encontro do príncipe Lord Pilinhitas com uma menina adorada, de seu nome Belica, mas de quem apenas ouviu o som dos punhos a embater nos seus costados... Lord Pilinhitas entrou em profunda depressão nos seus aposentos reais, chorando, baboso, dia e noite. Não mais se teve paz naquele castelo. É então que seu pai, El Rei King Shihanitis manda os lacaios reais procurarem a moçoila em todas as casas do reino, usando para isso, a sandalinha (a qual King chamou de tamanco) que Belica deixara cair no dramático encontro.
Após percorrerem o reino todo, entraram na última casa, onde a nossa querida menina Belica fora acolhida por Enda e trabalhava como fascineira. Enda, sabendo de tudo o que se passava, viu a oportunidade de ouro para se poder casar com o príncipe, coisa que sempre quis. E assim, depois de treinar nos dias a fio que foi aquele dia de procura em todo o reino (:P)... conseguiu encaixar o seu pezinho na sandalinha que os lacaios trouxeram.
É então que Enda é levada para o castelo, para ser apresentada ao El Rei King Shihanitis.

REGRESSA HOJE, AMENDOINS COM AZEITE

sábado, janeiro 29, 2005

A história do penso higiénico que amava o período.

Era uma vez um penso higiénico muito branquinho vivia numa embalagem com os seus amiguinhos pensos, como quaisquer outros pensos passavam os dias na embalagem a falar do que todos os pensos higiénicos falam política, da jornada da superliga, das ratas que tinham feito no jogo de tarde, de sistemas de redes e telecomunicações, do azeite virgem extra que compraram com uma oferta de uma impressora e claro de gajas. A maior parte deles ansiava o momento da sua estreia, ansiavam pelo dia em que alguém lhes tirasse o adesivo e os aquece-se com o seu calor humano, ansiavam com aquilo que era a razão da sua existência o período.
Os grandes rivais dos pensos eram os tampões que se sentiam superiores, diziam eles que eram os preferidos conseguiam chegar mais longe, mais fundo do que qualquer penso higiénico. Para tirarem as dúvidas e verem quem eram os melhores jogavam à bola e aos matrecos para verem quem eram os melhores.
Tirando estes afazeres os pensos passavam os dias à espera na embalagem da sua vez e falavam do encontro com o período, o pensinho higiénico ouvia atentamente e registava tudo como bom estudante que era.

Um dia como todos os dias a embalagem abriu-se e uma luz amarela entrou brutalmente pela embalagem a modos que adentro, era o grande momento, o momento porque todos os pensos ansiavam. O pensinho fechou os olhos e desejou muito que fosse ele o escolhido, nem precisou de fechar olhos mesmo antes disso já tinha sido agarrado por uma mão enorme de forma bruta e indiferente mas que para ele foi o maior carinho do mundo. Não demorou muito tempo a conhecer o seu cantinho era tal e qual como os seus amiguinhos contavam, húmida, quentinha e mais alguns adjectivos que o pensinho não conseguiu encontrar. Ali viajou muito por todo o mundo mas passado uma hora conheceu o medo e o desconhecido …



(Intervalo para anúncios pensinhos Ávax)



Nessa altura precisamente quando conheceu o desconhecido foi arrancado do quentinho das entranhas onde estava enfiado e brutalmente atirado para o chão, naquele chão frio e cheio de medo o pensinho via dois vultos um em cima do outro e vice-versa (sim também pode ser o outro em cima de um), no meio daquele ambiente horrorizado com os gritos que ouvi-a o pensinho disse para sí mas que mal fiz eu a Deus para merecer isto (Sim os pensinhos também veneram um deus parece que é o mesmo que o dos cristãos, dos muçulmanos que é igual ao dos pretos e dos brancos vejam lá) … Com este raciocínio a pensar no seu deus que é igual ao de toda gente o pensinho já se perdeu no que estava a dizer. Ah sim o pensinho estava com medo nada do que se estava a passar era como os outros pensinhos contavam, a coisinha quente com ligeiro travo a … tirando algumas vezes que sabia e cheirava mal e era de cor amarela.
Pobre pensinho ali caído ele sabia que nunca encontraria o período que tanto amava, até que os dois vultos pararam de grunhir e disseram:

- Fodaxe oublah agora é que me lembrei eu taba com o período.
- O que B****a?
- Caralhu P*****s tu támbém arrancaste a merda do penso e nem dizes nada.
- O que aquela merda que está ali?
- Estou bem fódida.
- Prontos deixa lá para a próxima já sabes tornámos a usar o lencinho.
- Está bem mas lábame essa merda que esses teus lencinhos de pano já parecem mais de palha-de-aço e não és tu que o vais meter pelo ***(3,14) ***.


De forma bruta o um ou outro pegou no pensinho abandonado no chão e tornou a devolve-lo ao seu antigo local, continuava quentinho mas desta vez tinha um odor diferente, esquisito que o pensinho nunca tinha conhecido antes, a desta vez também repara num buraco em que cabiam dois dele à larga, foi ai que o pensinho conheceu um novo amigo o líquido azul desconhecido que uma vez caído em tijoleira nunca mais saí. Ficaram amigos para todo o sempre, quer dizer quase para todo o sempre, até o pensinho ser de novo arrancado, pobre pensinho já a temer comprimiu as abas extras finas, mas para seu espanto foi parar de novo à sua embalagem. Os outros pensos surpreendidos por o ver perguntaram-lhe o que se tinha passado e o que estava ali a fazer, o pensinho envergonhado disse que estava muito confuso, que era tudo mentira nunca tinha abusado de uma criança da Casa Pia e não queria falar mais daquilo prontos.

Desde aquele dia nunca mais havia de ser usado porque o um ou outro fodeu sem preservativo e ficou com sida, hemorróidas e hepatite C, nesse mesmo dia foi atropelado por um camião cisterna e pelos vistos o que restou foi uma mancha azul no alcatrão da estrada que até hoje não saiu.


Facto estranho do conto: Porque é que no inicio do conto o penso era chamado penso e a meio passou a ser chamado pensinho? Porque é que o líquido azul não falava? Esta é fácil o liquido azul desconhecido apenas serve para borrar tudo onde caí e só o um e o outro sabem porque o usaram. Como é que os outros pensinhos sabiam o que se tinha de passar para encontrar o período? Será que eram usados? Mas se eram usados como estavam brancos? Será que alguém os lavou depois do encontro com o período? Nunca se saberá ahaha porque esta história idiota apesar de ser baseada no imaginário de alguém que se dá ao trabalho de a escrever passa-se onde voces menos esperam em vossa casa, com os vossos amigos, pais e avós.


Ups porque é que os 6 factos estranhos são designados como só um facto?


sexta-feira, outubro 15, 2004

AMENDOINS COM AZEITE

Episódio 11 "Desencontro do destino"

Knock knock. O som ressoou por toda a casa. Deixa, deixa que eu abro, diz voraz uma moçoila atirando-se lançada para a porta, abrindo-a sofregamente. E arrancando a mais que rodada sandalinha das mãos dos aios do senhor El Rei, virou-se e calçou-a lambosa, e para que dúvidas não restassem, começou a dançar o tango com ela calçada, dando um show exótico impróprio para cardíacos.
Tal acontecimento encheu de alegria os criados d’El Rei, que assim viram fim ao martírio que foram sujeitos, podendo ir para casa descansados. Tanto uso deram aos membros inferiores que o do meio ficou privado das habituais andanças… Bendita seja a vontade do Senhor, dizem eles. E, querendo saber a graça da menina abençoada, esta responde, Enda.
Sem que se perca mais tempo com palavreados desnecessários, que já neste tempo era o pão-nosso de todos os dias, a portentosa Enda deixou-se cair nos braços dos aios vociferando dramaticamente, Levem-me, levem-me para o peito musculoso do príncipe meu amado, mexam-se, carcaças andantes! Porém, ao tempo que dizia isto, os braços dos lacaios cederam à pressão de tal embate e logo logo eram pernas, eram cabeças, enfim, era tudo quanto pudesse suster muy nobre princesa e mesmo assim não chegou, e tão cedo não conseguirão levantar-se dali.
Beliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiica, tira-me dakiiiiiiiiiiiiiii!!! Sim, tal surpresa a minha (que também me desencontrei do paradeiro da personagem da nossa história naquele laborioso encontro com o príncipe) mas sim, era mesmo Belica del Toboso, vestida em trajes servintes, que saiu sabe-se lá donde e, sem muito custo, arredou um por um, cada ser daquela montanha humana.
O que se passa muy nobre senhora Enda, qual a razão deste alvoroço? Ao perguntar isto, Enda esconde a sandalinha de Belica para que esta não pudesse ver e diz, Oh minha querida amiga do coração, neste momento não posso alongar-me em explicações, tenho que partir… olha aproveita e limpa o esterco ali do curral, adeus.
E assim partiu, deixando a mente de Belica muito intrigada…

quinta-feira, setembro 23, 2004

AMENDOINS COM AZEITE

Episódio 10 “A sandalinha”

Os dias foram passando, a vida do príncipe tornou-se um martírio constante, perdido nos pensamentos pela mulher que deixara escapar entre os dedos. Mas que mulher, pensava ele. A formosura, graciosidade, o encanto angelical e a força diabólica de Belica enfeitiçaram os pensamentos de Lord Pilinhitas de tal forma que nem comia direito, para já não falar doutros afazeres. Aliás foi graças a estes que o príncipe saiu da pasmaceira em que se encontrava.
Tudo o que havia de recordação da moçoila era uma sandalinha que Belica deixara escapar aquando da sua montagem ao cavalo. Tão alheado estava Lord Pilinhitas a olhar para a sandalinha e a rever vezes sem conta o momento em que conheceu tão formosa criatura, que fez o xixi e o cocó nas suas próprias vestes, continuando imóvel como se nada fosse.
Quando este feito chegou aos seus ouvidos, King Shihanitis resolveu tomar providências. Por todo o reino se comentava que futuro teria a Cidade de Encantar se o futuro rei não conseguia suster as próprias necessidades. Conseguiria suster o que? Já os dizeres do povo vão nisto, e nem metade sabem da missa… E assim, o rei deu ordem a um seu ministro, Vasculha em todo o reino, não quero que uma única moçoila casadoira não experimente esse, esse, esse… essa patarra!
Por todo o reino, de casa em casa, percorreram os criados do rei calçando moça a moça, porém sem resultados animadores. Mais vezes eram as que os pezinhos escorregavam na imensidão da sandalinha, raras as que não lhe cabiam e poucas as que lhe assentavam. Porém, com mais ou menos dificuldade, todas as moçoilas que preenchiam o requisito do pezinho caber na sandalinha caíam escancaradas no chão, na complicação daquele modo de andar nunca dantes visto. E era um choramingar por todo o lado, nunca se tinha chorado tanto e de uma só vez naquele reino.
Eis que, fracassados em todas as outras, os criados d’El Rei batem à porta da última casa do reino…


ESTA É UMA OBRA FICTÍCIA. QUALQUER SEMELHANÇA COM FACTOS REAIS É PURA COINCIDÊNCIA.

quinta-feira, setembro 16, 2004

AMENDOINS COM AZEITE

Previamente, nos episódios anteriores:

Belica no seu caminho é abalroada por uns mânfios livrando-se deles com facilidade, mas caindo prostrada no chão perante a digestão dos cogumelozinhos que comera instantes antes. Adormecida, emana o perfume da sua digestão...

Entretanto, Lord Pilinhitas, herdeiro do trono da cidade de encantar vai dar um passeio de cavalo para espairecer ideias, quando soube que seu pai Shihanitis o queria casar com a sua lontrosa prima Enda.

Episodio 9 “O encontro”

E o perfume das entranhas de Belica infiltrou-se no ar, até onde o vento o levasse. O vento leva, o destino quis. Deste modo, voltaram-se as aragens para os lados do príncipe Lord Pilinhitas. E pôde sentir. Naquele instante, a sua vida mudou para todo o sempre. Já não era o mesmo homem… O tempo passa e com ele vai o príncipe, seguindo a fragrância, não sabendo bem a razão de tal, mas para quê explicações, são coisas do coração e está tudo dito. Galopou, galopou… catrapum catrapum catrapum…
Ao chegar ao epicentro, viu o que a alma ansiava, o que os olhos queriam ver tocando com as mãos e o resto. Simplesmente viu. Ali, naquele instante, a mulher mais bela do mundo, adormecida à espera de si. Sabendo bem aquilo que teria que fazer, (afinal de contas era um príncipe das histórias de encantar…) dirigiu-se à moçoila, esfregando os seus lábios aos dela, subitamente deferindo um golpe clamoroso com a língua.
Neste instante Belica acorda. Em vez de ver o que toda a vida viu quando acordara, o tecto ou o céu, os seus olhos deparam-se com algo tão próximo que não lhes permitiu discernir. E pensando tratar-se de uma besta dos bosques, levantou-se bruscamente ao mesmo tempo que mandou um crenco na face de Lord Pilinhitas. Tão atordoado ficou o príncipe que nem esboçou reacção. Antes disso, Belica atirou-se aterrando de nádegas nos costados do príncipe, levantando e atirando-se de novo, repetindo esta operação umas 3 vezes, uma pelo pai, que já foi, outra pelo filho, que há-de vir, e outra pelo Espírito Santo como lhe ensinaram na sua catequese. E assim feito, pôs-se a caminho, nem parecia a mesma a nossa menina, ressuscitou dos mortos e veio com a força do Diabo truz-truz-truz. E não vendo o burrico em que veio, montou no cavalo do príncipe e partiu.
Completamente imóvel, Belica deixara o príncipe com menos 2 dentes e umas quantas costelas partidas, novidade na sua vida de príncipe, para não falar das muitas nódoas negras e o prejuízo na sua honra de homem, se bem que desta só ele sabe, outros só podem adivinhar. Não se sabe bem como se salvou deste infortúnio nem como teve forças para ir pelo próprio pé o que tanto de cavalo custou. A ciência do Homem não explica tudo, muito menos as histórias de encantar.

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domingo, agosto 01, 2004

AMENDOINS COM AZEITE - VERÃO
Episodio 8 “A viagem – parte II”

E o burrico andou, andou, andou… por bosques apinhados de animais selvagens, desertos agrestes de poeira exacerbada, íngremes montanhas rochosas, satânicos vulcões em erupção, a nossa menina passeou bastante. E tanto andou que os mantimentos que trouxera cedo acabaram, deixando-a numa situação precária. O burrico ainda se ia aviando com as ervas mas Belica não era concerteza menina para se armar em coelhinha…
Bom, e a fome começava a apertar... Mal habituada aos largos segundos sem alimento, a barriga de Belica bem que se remexia e rosnava, mas sem sucesso. Porém, de tanto andar, a vista da nossa menina deparou-se com algo. Encantada, maravilhada e enternecida com as fantásticas e abundantes cores dos cogumelozinhos que brotavam do chão, Belica agarrava, lambosa, uma mão cheia deles de cada vez que os metia à boca! Era um regalo!
Quase saciada se encontrava, quando lhe apareceram um grupo de 5 mânfios, de aspecto pouco duvidoso e com ar de prevaricadores que, ao redor dela, começaram a palavrear uns pos outros do seguinte modo:
- Ei oblah oh sócio olha que gaja boa, que cu do caralho! Abiaba-a toda e era já!
- Foudasse é boa é boa mas é só minha! Desampara-me a loja!– retorquiu o boss
E sem cerimónia, os súbditos do boss agarraram em Belica que começara a gritar aos 7 ventos ("Ah ah ah ah ah") pedindo ajuda. E Boss aproximou-se de Belica dizendo:
- Ninguém te oube, bira pa cá o bujón! EH!
Porém, algo salvou Belica deste infortúnio. A digestão dos cogumelozinhos começou a dar frutos e Belica não teve mãos a medir para o perfume que se lhe vinha das entranhas. Logo logo entrou nas fossas nasais dos prevaricadores, surtindo um efeito desagradável e repelente. Mas o ditar da sorte foi quando Belica começou a expelir oralmente um líquido verde de consistência pegajosa:
- Ei oublah…! Nem po broxe serve oh sócio! Andor, bamos cu caralhu!!
E assim deixaram a nossa pobre menina à sua sorte. Cada vez pior, Belica caiu prostrada no chão, malfadando a sua sorte e os cogumelozinhos venenosos. E caiu assim num sono profundo, sem esperanças de regressar, emanando ainda o perfume da digestão amaldiçoada…

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Nota: Os actores das personagens Belica e Lord Pilinhitas, Elle Mcferas e Silvester Estápodre vão gozar um período de férias de 2 semanas! Por esse motivo, a novela só regressará aos ecrãs do blog em meados de agosto

sábado, julho 24, 2004

AMENDOINS COM AZEITE - VERÃO
Episodio 7 “Meanwhile…”

Entretanto, num reino onde castelos, príncipes, fadas e histórias de encantar não fazem parte do imaginário…
Neste reino, cercado de imponentes muralhas, vivia um príncipe. Um príncipe das histórias de encantar. Alto, esbelto, musculoso e na flor da idade, Lord Pilinhitas era um príncipe amargurado. Não sabia o verdadeiro significado da palavra amor.
No alto do castelo, Pilinhitas era servido como nenhum outro homem. Ocupava os dias a caçar veados e coelhitos do bosque ou a treinar com a sua espada. Nesse ofício, perde-se a conta aos treinadores desfigurados, desmembrados e esquartejados pelas suas mãos. Mas quanto a isso, Lord Pilinhitas não tem problemas de consciência. E tanto que, com as suas teses argumentistas, todas as mulheres e viúvas das pobres vivalmas o beijam nas mãos. Na memória de todos, fica o último dos infortunados, sir Ambroché:
- Então o senhor Ambroché não viu que eu ia fazer este salto triplo mortal no ar, com 2 piruetas diagonais, culminando neste golpe em rotação com a espada? DAHHH!– Dizia aborrecido o príncipe perante o desmembrado Ambroché.
Fora o seu indubitável jeito com a espada, Lord Pilinhitas via-se grego para encontrar mulher que lhe agradasse. Seu pai já tinha ido buscar as mulheres mais formosas do reino e mesmo de outros, mas nunca nenhuma lhe tinha agradado. Lord Pilinhitas estava saturado de mulheres de sonho a seus pés prontas pa lhe fazer tudo o que desejasse. Não queria isso. Queria alguém que, embora de sonho, lhe desse luta, alguém com quem pudesse ter longas conversas saudáveis, alguém intelectualmente superior… alguém! E assim se conta que nunca desflorou mulher.
Cansado das inúmeras recusas do seu filho (e com algum receio da vertente sexual do príncipe), King Shihanitis decidiu anunciar o noivado do príncipe com Enda. Esta era sua prima direita e fiel seguidora da religião “os homens gostam de ter onde se lhe pegue”. Visivelmente agastado com a notícia, Lord Pilinhitas resolve ir dar uma volta com o seu cavalo, para por o pensamento em dia…

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sábado, julho 10, 2004

AMENDOINS COM AZEITE
Episodio 6 “A viagem”

Tudo estava preparado para a partida. Belica tinha carregado um burrico que comprara com as poucas patacas que tinha. Penoso, dava dó ver o pobre animal arrastar-se estrada fora. O vendedor feliz ficou por despachar a velha carcaça, que até nem estava para venda, estando arrumado para lá no canto. Mas Belica lá engraçou com a cor do animal e já nem quis mais outro. O home estava certo que, por muita cantiga que tivesse, a aparência do animal não enganaria ninguém…. Até ao dia em que conheceu Belica. Aos 70 anos, muito se pode aprender ainda…
E assim prosseguiu viagem, descendo o sinuoso monte em que Toboso se encontrava. E eis que, de tanto andar, surgiu nas entranhas da nossa menina a vontade de fazer o que ninguém, por muito que queira, fará por ela. Entretanto, passava na estrada uma carroça de bois com carregamentos de cevada para a aldeia. Por azar, um estranho fenómeno levou a que os bois se descontrolassem. Na aldeia, as pessoas corriam desalmadas gritando que o fim estava perto. O que é certo e perante a estranha escuridão que se abateu de súbito, os temerosos bois puseram-se a correr mato adentro e apanharam Belica de cócoras e bastante coradinha (que de tão custoso que estava a ser o acto, nem tinha reparado no fenómeno nem na aproximação dos bois).
O embate foi violento. A carroça fez uma grande pirueta, dando um mortal no ar. Caiu de estrondo no chão dando duas cambalhotas. E, rebolando lanço após lanço, insinuou-se pelas ribanceiras, monte abaixo. Ao cair bem lá no fundo do precipício, explodiu. Já Belica melhor sorte teve com o acidente já que com a força da colisão, a porra do maldito cagalhão saiu. Fora um alívio! No entanto, não se livrou de umas quantas escoriações e pisaduras aqui e ali…
Exausta pelo esforço dispendido, Belica montou o burrico e deixou-o ir à sua sorte, estando já preparada para o que desse e viesse, inclusive para morrer.

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domingo, julho 04, 2004

AMENDOINS COM AZEITE
Episódio 5 “Rumo à felicidade”

Ao primeiro domingo de todos os meses, Belica tomava banho. Fazia-o, de Verão, no riacho perto de sua casa, e de Inverno, num bacio de louça que comprara propositadamente para o efeito.
E, hoje, como era dia de calor, Belica enfiara-se na água do riacho. Como Deus a pôs no mundo, saltitava como uma borboletinha aqui e acolá, irradiando o seu perfume e pureza de virgem ninfa. E cantava alegremente, melodias compostas por si, a ponto de calar a passarada toda do bosque.
Mas cedo este dia viria a ter contornos trágicos. Belica tinha por hábito, ao vir do banho, continuar os seus bordadinhos. Estava muito entretida nisso, quando não é que a agulha vai parar ao seu dedinho, ferindo-a! Dando um salto e vendo os rios de sangue que jorravam do dedinho, Belica desmaiou, caindo desamparada.
Pena é que o cruel destino quisesse que a obesa gatinha Lassie se encontrasse justamente no local onde viriam a repousar levemente as nádegas da nossa menina…
Com o trágico acidente, as tripas da pobre gatinha serviram-se da boca desta como trampolim. E esvoaçaram esborrachando-se no chão, alguns metros à frente. Fez-se silêncio.
Belica, ao vir a si, e vendo à sua volta o que restava da gatinha, gritou imóvel durante 3 dias e 3 noites. Pobre destino com isso tiveram as suas cabras, que de tanto esperar, ainda que com esperança num mundo melhor que há-de vir amén, morreram à fome e à sede.
Vendo o profundo abismo em que se tornou a sua vida, Belica lembrou-se da morte de Ti Jaquim das Couves e da promessa que lhe fizera que, por anos de esquecimento, não a cumpriu. E assim, completamente só num mundo cruel, decidiu partir da aldeia, rumo à felicidade.

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Não percam o 6º Episodio “A viagem”, na próxima semana!

sábado, junho 26, 2004

AMENDOINS COM AZEITE
4º EPISÓDIO “Belica tem uma dor”

Mais um dia principiava em Toboso. Na modesta casa de Belica, os primeiros raios de sol raiavam. Belica acordava todos os dias ao som do seu galo, e ao lado da sua gatinha Lassie. Todavia, hoje o dia começara algo diferente do costume. Belica acordara com uma forte dor aguda … na região da sua pombinha!
Saltando da cama desalmada, Belica gritou histericamente valendo por todos os galos da aldeia e pelo sino da igreja juntos. A população, habituada aos cantos da nossa menina, pensou estar presente de uma nova peça satírica e pouco lustro deu ao torpe grito. Vestindo rapidamente as suas vestes camponesas, Belica saiu rapidamente de casa, caminhando desengonçada com as pernas bem abertas, já que a dor não permitia grandes veleidades. E assim se depararam alguns aldeões com a nossa menina, correndo logo o boato que tinha acordado com o diabo na rata! Foram mesmo realizadas missas por Belica (não que fosse realmente por ela, mas com diabos não se brinca…)
Belica dirigiu-se para a casa do barbeiro da aldeia, batendo vigorosamente na porta. Madrugador, o homem enxergava mal. Abrindo a porta e vendo a estampa física do ser à sua frente, caíram-se-lhe as bolas! E, assustado, fechou violentamente a porta! Não é que, para azar de Belica, a maçaneta da porta lhe vai acertar na pombinha? Com o rude golpe, Belica cai no chão rebolando, pirueta após pirueta, escadas abaixo estatelando-se na lama do curral dos porcos. Irada, lançou-se violentamente escadas acima dando um valente encontrão na porta, pondo-a abaixo. E, dirigindo-se ao pobre homem, agarrando-o pelos queixos comunicou: “Senhor doutor, tenho uma dor!” E pegando nele, dirigiu-lhe a cabeça para a sua passarinha dizendo “Trabalhe!”
O homem, acostumado a lidar com barbas (ainda que não tão perto), começou a sua árdua tarefa, remexendo pelos meandros íntimos da nossa personagem. E, para sua surpresa, tirou de lá bastantes papéis e haveres putrefactos, ossos, espinhas… Enojado, insinuou-se a Belica “ouça lá menina mas que vem a ser isto?!?” ao que ela respondeu, decidida e numa onda legalize dréd:
“Oublah pensava que o buracão servia pa meter lixo, pensava que era tudo destruído ao fazer o cocó oh sócio!”
O homem já nem quis ouvir mais nada na sua vida, e, com uma arritmia súbita, partiu deste mundo para não mais voltar… A ingenuidade tem destas coisas…!

ESTA É UMA OBRA FICTÍCIA. QUALQUER SEMELHANÇA COM FACTOS REAIS É PURA COINCIDÊNCIA.