sábado, outubro 25, 2008

O que quero ser quando for grande?!

Ao longo destes últimos anos fomos definindo o nosso rumo. E na maioria das vezes nem nos deram tempo para pensar (no verdadeiro sentido da palavra) nos porquês e especialmente nos "para quê"! Vamos sendo como que empurrados pelo turbilhão de pessoas que nos rodeiam!!
Mas ao mesmo tempo vamos crescendo e de repente, deparamo-nos com mil e uma dúvidas!!
Ao longo do curso, especialmente neste último ano, em que lidei diariamente com o sofrimento das pessoas, inúmeras vezes me questionei: Será que tenho algo a dar aos meus doentes?
É difícil transmitir as más notícias, é difícil sentir-me impotente, é difícil admitir que errei, é difícil!
Mas também há momentos especiais que nos fazem perceber que as nossas decisões foram acertadas: um sorriso de um doente, um obrigado sentido, um olhar...
Às vezes é preciso alguém nos relembrar do quão bonita é a medicina. Por isso aqui deixo o meu obrigada a alguém que não conheço pessoalmente mas que já tocou a minha vida (Dr Nuno Lobo Antunes). Obrigada por me mostrar como é possível ser-se especial até nos piores momentos.


Um dia quando for grande quero ser como tu...

16 comentários:

Anónimo disse...

Este tormento também me atinge. E penso que a todos nós. Faremos realmente a diferença onde nos propusemos dedicar? Esta diferença que pode ser atingida de vários níveis, não necessariamente o mais óbvio. A história desse rapazinho é sentimentalmente devastadora. Assumir tal grau de consciência tão cedo na vida. É cruel. Só de pensar no sorriso dele quase verto uma lágrima. As crianças são o que de melhor o mundo tem. É pena conspurcarmo-nos ao longo da vida com a nossa mesquinhez.

Amendoim do Ricky disse...

A dor é uma condição que nos atinge a todos sem excepção, é inerente à nossa condição humana e estamos todos mais ou menos habituados a lidar com ela.
Percebo, ou se calhar, não percebo nada da importância que tem para aqueles que escolheram exercer medicina e todos os dias tem que lidar com situações angustiantes e extremas, a dor e o saber lidar com ela que não sendo nossa, muito depende da nossa intervenção o seu alívio.

Mariana disse...

É verdade, é preciso ter grande capacidade emocional para conseguir suportar e lidar com as variáveis duramente impostas nessa profissão.
Todo o ser humano aglutina uma carga sentimental que pode ser descarregada de diversas maneiras dependendo de pessoa para pessoa.
É assim que se rege a nossa vida!

Anónimo disse...

Eu também vou ser médico...serei-o pelo dinheiro, por isso não vou ver meninos a chorar. Vou fazer coisas a gajas e gajos ricos que na realidade eles não precisam para nada. Vou usar os meus conhecimentos para engatar gajas, ter carros bons e viver à grande e à Francesa. Se puder compro um miúdo na Tanzânia e sacrifico-o num ritual satânico só para mostrar que esses locais comuns como "as crianças são o melhor do mundo" podem ter versões actualizadas perante a realidade actual!!

Anónimo disse...

Que insensatez... você não passa da reles lama que pisa, verme ignóbil. Case-se com a Pallin e desapareça com ela num glaciar da Gronelândia.

Anónimo disse...

Casar com a Pallin, só se ela for eleita. Assim, permitia-me que praticasse medicina nesse paraíso médico que são os EUA. O país em que, mesmo tendo os piores índices de saúde dos países ditos desenvolvidos, gasta cerca de 5 vezes mais que cada um deles por cada habitante. O país em que os médicos são pagos a peso de ouro para atender aqueles que lhes podem pagar (ou terem seguro para o fazer. Muito obrigado Sr. Nimpo por me desejar tão feliz fim.. além do mais a Pallin tem cara de quem faz umas badalhoquices jeitosas.. adoro mulheres com aquele ar de bibliotecária...

Obrigado companheiro, por me desejar mais que aquilo que eu lhe desejo a si...

Anónimo disse...

LOL nem ouso perguntar o que me deseja. Mas adiante, pois augurei-lhe um bom futuro. Sabe que na crença das ideias altamente honrosas e "cristãs" dessa querida e formosa senhora está a ideia que o Alaska (e porventura todo a região polar) será uma das últimas regiões do planeta a sucumbir no êxodo final, que será próximo na sua ideia e na da Igreja que frequenta... Tudo isto são revelações fascinantes e pertinentes. A nova Nostradamus? Possivelmente. É movedora também a sua convicção que a humanidade nada ganha em estudar a mosca da fruta... Que audácia! Realmente, mosca da fruta? O bom dinheiro americano na mosca da fruta? Como ninguém ainda reparou nisso? Retirar da mosca da fruta e dar um poucochinho mais aos senhores da Fortis... O outro Spa era demasiado fraquinho, convenhamos...

Bom, esquecendo tudo isto, não se enganou no seu perfil devasso e arrebatado. Repare na boquinha dela, voluptuosa, tão graciosa e sequienta que é... Só por si satisfaz as delícias de quaisquer núpcias...

Anónimo disse...

Mercenario da medecina....ja pensas-te que um dia....se tudo correr bem....poderas ser tao mau como o RAMBO...

Tenhu dito..

PS: Rambo forever (and Scofield)

Anónimo disse...

Caro Nimpo, pouco me interessam as crenças dessa senhora. Aliás, pouco me interessam as crenças dela e de todos os outros. Sou uma pessoa sem crenças, dessa forma posso-me adaptar facilmente à crença vigente e lucrar o máximo possível com ela. As religiões são uma óptima forma de fazer dinheiro, a mente humana é uma mina e a fé a melhor forma da explorar. A mim considere-me um explorador (mais no sentido de usurpador), alguém absolutamente desprovido de princípios e valores e cujo o único interesse é ganhar dinheiro de forma a viver o melhor possível.

Quanto ao senhor skykodak, digo apenas que não tenho qualquer pretensão em ser tão mau como o Rambo ou tão bom como a madre Teresa de Calcutá, serei o mais próximo possível da personagem que fizer mais dinheiro, seja essa personagem um mercenário de guerra com uma lobotomia congénita ou uma freira esquizofrénica que pensa falar com deus... Serei aquilo que mais jeito me der...

Amendoim do Ricky disse...

mercenário da medicina......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... quando eu for grande não quero ser como tu.

Anónimo disse...

LOL! O senhor de facto é muito engraçado. Mas repare, mercenário da medicina: o dinheiro não é tudo. Encerra em si a mesquinhez humana. Porque faz do ideal da sua vida o dinheiro? Por muito que o tenha, nada substituirá o valor do amor humano. Sim, caso não o possa entender, garanto-lhe que vale mais que todo o luxo do mundo - o amor humano. Não poderá comprá-lo, tenha o dinheiro que tiver. Terá com certeza umas prostitutas prontas a bajulá-lo da forma que quiser, ou pseudo-amizades que o cercam de todo lado mas que no fundo só estarão a seu lado pela conveniência... Mas pense nisto. Numa vida dedicada à materialidade, que pode esta oferecer interiormente ao Homem? Uma vida dedicada exclusivamente ao culto de si próprio, o que restará, no fim? Pense no seguinte cenário hipotético. Um caso em que venha a perder tudo, em que fique na miséria. Todos esses anos terão valido alguma coisa? Nessa situação, que lhe restará? Ou pense noutro cenário. Numa determinada condição que o coloque deitado numa cama para o resto da vida. Quem o visitará? Quem se importará de si? Nessas situações não se aperceberia o quão só estaria no mundo, o quão vazia teria sido a sua vida?

Não deixe que tenham que ser situações deste género a abrir-lhe os olhos para a razão. Poderá ser tarde de mais nessa altura. Reflicta verdadeiramente sobre estas questões e opere uma mudança em si. A equipa dos amendoins saúda-o e deseja o melhor para si nesse empreendimento.

Anónimo disse...

Mercenario da medecina....

Kero fazer amor ctg...posso?

Anónimo disse...

Caro Nimpo,

o seu texto estava tão cheio de "lugares comuns" que até parecia que já o tinha lido em algum lado, ou talvez tenha ouvido da boca de um Elder que me tenha batido à porta a espalhar a palavra de John Smith o profeta dos mormons...

A verdade é aquilo que me parece ser verdade, assim e desde que nunca deixe de ter muito dinheiro, nunca vou sentir qualquer diferença se o amor da prostituta é falso ou se a amizade daquele que me rodeia apenas para apanhar os trocos que caem ao chão na minha passagem não é verdadeira. Como planeio não deixar de ter dinheiro, terei todo o calor do mundo sem o perder.. e se perder algum, compro outro... Como vê, engana-se quando diz que não posso comprar o amor. Tudo é aquilo que parece ser naquele momento, só preciso é prepetuar esse momento e isso fá-lo-ei com dinheiro... aquele que ganhar ao explorar todos aqueles que conseguir (ricos, pobre, pretos, brancos, homens ou mulheres).

Quanto ao senhor que não quer ser como eu, muito obrigado, sempre é menos concorrência e mais dinheiro a ganhar. Também, não basta querer ser, é preciso sê-lo e nem todos têm estofo para tal, a maior parte vive afogado nos mesmos lugares comuns que o Nimpo nos veio aqui trazer...

Anónimo disse...

anónimo, pode fazer tudo, mas não sei se tem dinheiro para o fazer...

Tudo tem um preço, só duvido que tenha dinheiro para o pagar

Anónimo disse...

longe de mim, meu caríssimo mercenário, pretender invocar tais fábulas nas quais não me revejo. fora o pior insulto que ja me fez. acredito na moral, na grandeza da condição humana, fora da religião. Suponho que não acredite em Deus, e considero isso altamente digno, se resultou de um aceso debate interior, mas não se trata dessa questão. se quiser continuar a refastelar-se na lama do materialismo, pois que o faça e tire bom proveito, quem sou eu para o julgar. salut o/

Amendoim do Ricky disse...

Porque é que não dá-mos todos as mãos e vamos todos juntos na nossa grande diferença ver o Benfica à Catedral?

Lanço aqui este repto sentido, para que não tenha mais de chorar