terça-feira, abril 29, 2008

CURIOXIDADES QUÍIIIIMICAS - O Cabelo


Detesto sentir-me ignorante, principalmente sobre assuntos dos quais os meus conhecimentos e tempo dispendido durante estes anos me obrigariam por força do meu orgulho e do dinheiro dispendido dos meus pais saber um pouco mais.

Há cerca de duas semanas foi-me colocada uma questão de uma recente estudante de Bioquímica sobre o porquê de termos cabelos encaracolados ou lisos e a sua consequente explicação química.
Assumi logo a ali a minha ignorância e surpresa por nunca antes me ter perguntado sobre isso mesmo. Ainda avancei uma explicação generalista e revestida da maior probabilidade de veracidade que consegui encontrar no momento, no entanto a minha explicação não passou de mera retórica não respondendo ao cerne da questão.

Disse eu: “O cabelo é constituído principalmente por uma proteína, logo será por diferenças na conformação desta que deve residir a diferença.”

A verdadeira resposta não anda longe mas também nem por sombras próxima da minha desesperada tentativa de resposta. O cabelo é de facto constituído principalmente por um tipo de proteína designada queratina (não me ter recordado do nome da proteína configura-se para mim já um bom motivo para me submeter a uma qualquer prática de ascese), é também o principal constituinte por exemplo das unhas, do exoesqueleto dos insectos, escamas e carapaças de répteis uma vez que confere resistência e elasticidade.

A queratina como todas as proteínas é constituída por unidades mais pequenas que se ligam entre si que se chamam aminoácidos, a presença e quantidade de um destes aminoácidos – cisteína – é responsável por que se façam ligações entres as cadeias de aminoácidos e consequentemente que os cabelos sejam mais ou menos encaracolados. Resumindo quanto mais cisteína houver nas cadeias que constituem a queratina mais ondulados e encaracolados serão os cabelos.

Exemplo:


Fui

segunda-feira, abril 28, 2008

Grande Produção
ID, EGO e SUPER-EGO


Partindo de uma situação comum do nosso quotidiano entramos em diferentes pensamentos que nos mostram o quão desiguais podem ser as mentalidades, complacências e os objectivos das pessoas. Até onde nos levam as divagações? Serão elas fruto de uma personalidade intrínseca?
Conhece-se a si mesmo?
Deixe o ID, EGO e SUPER-EGO ajudá-lo nessa descoberta!


Brevemente numa sala de cinema perto de si! =)

domingo, abril 27, 2008

Rec de Jaume Balagueró (2007)
Género: Horror / Thriller

Quando o susto se sobrepõe ao medo.

Medo é coisa para crianças, dizem alguns adultos de barba rija. Falácia maior não podia haver, nem quem o diz, se fizer uma profunda introspecção, acredita realmente nisso. Já quanto ao susto, ninguém ousa não lhe reconhecer a existência, e não foram poucos os que apanhei a ver este filme (e que saborosos eles foram).



“Uma repórter e um câmara-man decidem documentar em directo, durante 24 horas, uma patrulha de bombeiros no seu local de trabalho, com o intuito de registar a vida destes profissionais.
Desta maneira, e como é habitual, surge, durante a noite, mais uma dita operação normal. Inicialmente, após receberem uma chamada, o principal e único objectivo seria resgatar uma idosa que se encontrava fechada no interior do seu apartamento, de onde se ouviam gritos apavorantes, por razões desconhecidas. Contudo, o que indiciava ser uma verdadeira rotina para estes profissionais torna-se algo sinistro e maléfico que desta maneira atormenta a vida de todos aqueles que se encontram no edifício.” in Pampilhosa Reviewer

Não se iludam aqui não há termo de comparação com as grandes obras primas do horror Hitchcockiano. Estamos antes num campo mais pipoqueiro, numa fórmula já explorada por 7281667128542165124659127124768712 autores diferentes, todos eles tristemente - de certos pontos de vista - remetidos para o entediante, cómico ou absurdo. Este filme espanhol ao invés, vencedor de um prémio Goya e aclamado no último Fantasporto onde ganhou o prémio para melhor filme, parte de pressupostos simples e de certa forma até previsíveis para quem está habituado a este género de cinema. Revela-se de uma eficácia assombrosa, sempre sem ser espalhafatoso, o que lhe dá uma sobriedade que o torna o meu filme de horror favorito.

Todo o filme é visto da perspectiva de uma câmara de mão o que de certa forma favorece tudo o que disse até aqui, mas são as coisas simples que tornam este filme tão bom e que levam a que o espectador salte da cadeira, mesmo depois de dizer a si mesmo "Eu vou-me assustar aqui". Aqui ficam as reacções do público
no festival internacional de cinema de Sitges neste vídeo promocional:



Um filme a não perder, principalmente para quem gosta de acelerar o ritmo cardíaco.


Links para download nos comentários

sábado, abril 26, 2008

Seria uma boa prenda. Por ocasião do dia do trabalhador. Ou assim...


Chamam-se Shure SE530. São os melhores earphones do mundo... Têm a fama de darem a descobrir a verdadeira música. E custam à volta de 300 euros na Amazon.

Enfim. Quem não se imiscuir em desvarios avassaladores como este, pode dar como excelentemente bem empregue uma quantidade monetária bastante mais acessível tanto nos Creative ep630 ou nos Sennheiser CX300, bastante bem cotados em sites especializados. Boas audições : )

quinta-feira, abril 24, 2008

Creative Zen meets Apple Ipod Nano (a female one)


Zen: Olá Maçazinha. Belos... tacões. Cuidado aí : )
Ipod: Oh... mamma mia... fucki. kem ouxa incomodar-me, do alto da minha essenxia? Oh...
Zen: : ) Cá andamos minha querida, tu sempre com o teu Itunes para aqui e para acolá... Sempre tão... selecta.
Ipod: Num eh todox os diax que xe tem programas axim tao bouns para arranjar muxicas ihihih O Itunes permite xacar milhões e milhões de múxicas! É o máximuh!! E tu, que faxes??
Zen: Eu sou possuidor de um cabo USB. Posso aceder às músicas de qualquer computador directa e instantaneamente. É a chamada técnica "copy paste". Know that? Talvez seja demasiado high-tech para ti...
Ipod: Oi? Ai eu xo axeito com o Itunes. Xo com estex programax, como xe dix... íntregush.. de confianxa. Ah e xe me põem noutro pc, que não o da minha instalaxão, eu apagu-me e num queruh saber! Não vou com todus, sou caxada e fiel!
Zen: (...) Que bom para ti... E que tens mais para oferecer?
Ipod: Este corpinho lindo. E... esta roldana... touch. Não é o maximuh???
Zen: Boa.
Ipod: Oi?... povozinhuh insignificante. Tens melhor eh??
Zen: Tal como tu tenho a biblioteca organizada com as capas dos álbuns, não tenho funcionalidade touch mas o meu botão permite em poucos segundos percorre-los todos. Tenho rádio AM/FM (tipo... num leitor de música, talvez faça jeito...), slot para cartões SD, gravador de voz, um ecrã bem maior que o teu e de alta definição com 65 milhões de cores, conversor de qualquer filme, série ou videoclips com incorporação automática das legendas, consigo facilmente ler divx e quase todos os formatos de música conhecidos...
Ipod: AI PÁRAH. K SECAH. ASLKDJLSKJ!! ASKDJLDKJ!!
Zen: : ) Desculpa? No comprendo. Para a próxima arranja um sistema de som melhor, porque o som que emanas parece saído de um poço em relação ao meu. O meu amo consegue apreciar o silêncio sepulcral nas pausas entre as músicas... Não esse "Tcchhhhh" de fundo que agoniza qualquer audição da música clássica. E rejubila-se, tem um verdadeiro arrepio na espinha, com o detalhe de som que proporciono... Não essa chicória que ofende o próprio Bell... Basta ouvires-me, compara por ti própria.
Ipod: AALKJDSJH!!!! ASDASSSLD!!
Zen: É, quanto mais alto meteres o volume, menos te ajudas a ti própria minha pombita querida. Enfim. O mais escandaloso nisto tudo é que, apesar de tudo isto, consigo ser mais barato que tu, e não pouco! (Creative Zen 8Gb - 120€; Ipod Nano 8Gb 165€ - Dados da Pixmania). Mas bem haja os senhores da Apple e o seu monopólio. Bem, o meu amo implora por mais um momento divinal. Adeus : )


Ainda têm dúvidas?

Amen

quarta-feira, abril 23, 2008

Aqui está, acabadinho de sair, o videoclip do single "Porcelain Heart" do aguardado álbum dos Opeth, Watershed. O poder mais negro do death metal aliado à substância mais sublime, sempre com um toque experimental e mestria musical, é aquilo que se pode esperar em cada novo álbum deste conjunto sueco liderado por Mikael Akerfelt. São álbuns, por isso mesmo, difíceis de digerir, as faixas são quase todas na ordem dos 10 minutos, requerem uma grande dose de paciência e atenção, mas, por outro lado, levam à mais profunda das realizações, tal como quando se compreende uma sinfonia de Beethoven. Este é o 9º álbum de uma das mais respeitadas (senão a mais respeitada) bandas metal da actualidade, a qual, muito para além da base de fãs metal, consegue apelar a uma não menor quantidade de fãs de outras áreas. Todos os seus álbuns de originais, com excepção do primeiro, estão cotados acima de 4.00 (de 0 a 5) no famoso site de críticas musicais RateYourMusic, proeza rara de encontrar em qualquer outra banda. Uma prova que a musica quando é realmente boa e intemporal ultrapassa todas as categorizações e preconceitos. Watershed sai a 3 de Junho e, para quem puder, fica a sugestão de um bom espectáculo em pleno Algarve, dia 25 de Julho a banda actua no festival Lagoa Burning Live.

segunda-feira, abril 21, 2008

fim de semana sinistro !




Boa semana!

Histórias dum ex-jovem ex-socialista e ex-vanguardista

Em 1988, José Sócrates, um dos mais jovens deputados do PS, pediu a palavra na assembleia para defender as práticas nudistas. Em defesa destas disse o seguinte:

"Esta prática tem tido um enorme desenvolvimento na Europa e no mundo dado o progressivo reconhecimento das suas vantagens para a saúde física e mental e para um desejável equilíbrio emocional. "Além disso liberta as mentalidades de complexos de moral sexual retrógradas e bloqueadoras".
Mais, "acentua também a unidade rica e perfeita do corpo e do espírito". "Algo, enfim, só ao alcance de pessoas com elevada consciência cívica e ecológica".

Que audácia! Que magnânime e convincente exaltação! José Sócrates, o Homem que Nú abriu a marcha! O Homem que com uma intrepidez só presente nos grandes líderes, levou a que o resto da bancada Socialista, aprovasse o projecto de lei proposto pelo Partido Ecologista os Verdes, mas que mesmo assim teve que levar com os votos contra da direita reaccionária e de reboque.
Enfim, como vanguardista, não me resta senão apertar calorosamente a mão de José. Obrigado.

domingo, abril 20, 2008

A Nossa Coisa Branca!!

Quem diria que já vai com 21 anos.

Para melhor enquadrar quem não conhece o indivíduo em questão, gostaria de assinalar que se trata de uma pessoa que se reveste das mais virtuosas virtudes e dos mais banais defeitos.
Cabe-me, no entanto, por força da minha proximidade deixar-me de generalidades vãs e passar a uma descrição mais completa e particular que a altura impõe. Hugo José Branquinho é aquele rapaz que veio da Serra para Aveiro, e em pouco tempo conquistou todos aqueles que tiveram o prazer de o conhecer. Dono de uma genuinidade e sinceridade pouco habituais é de uma entrega e generosidade com os outros para lá do assinalável e do comovente.
Tudo isto acaba só por ser possível graças a ser das melhores pessoas que eu já conheci, e consequentemente um amigo DAQUELES.
Tirando estas virtudes etéreas, é um impregnado jogador de videojogos, nomeadamente campeão nacional de CS (CounterStriker) e medíocre jogador de PES (Pro Evolution Soccer). Brilhante estudante de Novas Tecnologias da Comunicação e laborioso trabalhador principalmente nas longas 4 horas antecedentes a um exame, resultado da sua notável capacidade de raciocínio e concentração pouco dada a matérias do âmbito organizativo, financeiro.
Avesso a qualquer necessidade de sacrifício de teor físico é um irascível teimoso e dono de uma retórica à altura das 198214 vezes que leu as masterpieces de J. K. Rowling. Todos em inglês como convêm a alguém a que não come fruta e vegetais por opção própria desde os 3 anos de idade.
Poderia seguir por aqui fora com um rol de uns quantos outros descritores da sua afável personalidade, mas será mais sensato da minha parte esgotar-me por aqui. (Sempre foi muito apreciador da minha integridade física.) =)
Como se diz, conta muitos e de preferência não muito longe de nós.**********
Fui

quinta-feira, abril 17, 2008

Esta semana voltei ao teatro passado tanto tempo que já nem me lembro da última vez que lá estive. A razão foi esta:

Os melhores sketches de Monty Phyton são a adaptação portuguesa por Nuno Markl dos clássicos sketches dos senhores do humor inglês da década de 70/80. Em palco estão os melhores actores da comédia nacional, José Pedro Gomes, António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, e Miguel Guilherme. Como peixes na água, encarnam as clássicas personagens de uma forma simplesmente sublime e muito própria, transcendendo e criando uma nova vida aos bonecos originais. Não falta a referência à luta comuna, ao cherne Durão e à OTA. Magnífico o momento do espectáculo em que o actor Miguel Guilherme rompe pela plateia enquanto debita o seu incómodo pelas manias muito próprias do português.

Para quem não conhece os Monty Phyton, estes foram um grupo de humor inglês das décadas de 70/80. Criaram um género de humor completamente novo para a altura e hoje são considerados os pais do humor moderno. Situações completamente anárquicas, surreais, a desafiar o bom senso, paródias à morte, religião ou a raça fizeram com que estes senhores quebrassem as barreiras em que o humor estava encerrado e servem de inspiração para quem faz humor hoje em dia.

O espectáculo acaba com uma das suas músicas mais célebres que encerra a bonita mensagem "Always look on the bright side of life" (Olha sempre para o lado fixe da vida), do filme Life of Brian, onde o desgraçado Brian tem a infelicidade de nascer num palheiro como Jesus Cristo e acaba confundido com o próprio e crucificado, é nessa altura que os seus companheiros de crucificação entoam este belo tema.

A forma genial e única de encarar a vida por estes ingleses tem o seu expoente máximo no funeral de um dos Monty Phyton em 1989. John Clesse o mais conhecido dos 5 tem este discurso mirabolante encerrando depois o serviço funerário com a canção Always look on the bright side of life. (Vídeo em baixo com legendas em castelhano)


Para quem é apreciador do humor inteligente, corrosivo e sarcástico esta deveria ser uma peça a não perder, tão essencial como um pires de amendoins e tremoços a acompanhar uma bejeca.

Fui

segunda-feira, abril 14, 2008

U2 & o Ócio

Ouso hoje falar de um monstro da música mundial. A minha opinião acaba por não fugir muito à de muitas outras pessoas que tentam estar atentas ao panorama musical internacional. Sei que esta minha humilde opinião poderia-me trazer os mais desagradáveis dos dissabores se a apresentasse presencialmente a muita boa gente. Julgo no entanto que não irei dizer nenhuma barbaridade, de qualquer das formas estejam a vontade para me lincharem e devastarem com os vossos mais cruéis comentários.

Comecemos então pela descrição mais óbvia, irlandeses, embaixadores contra a pobreza, a fome, a exclusão, as alterações climáticas, o SIDA, a Gonorreia e a morte de gambuzinos no Mar do Norte. Campeões de medalhas e condecorações pelas mais diferentes nações, incluindo a Ordem de Liberdade pelo estado português.

Legenda: Bono ajuda Jorge Sampaio a colocar a medalha.

Bono a figura de proa do grupo e os seus companheiros já andam nestas andanças vai para 30 anos. Desde que ouço falar de música que U2 é um nome incontornável, tantos nos tops como nos telejornais. O seu rock-pop traduz-se em músicas fáceis de encaixar a uma primeira audição. Conseguiram um fogacho criativo no panorama musical da década de 80 e hoje em dia continuam a tentar pisar novos terrenos como é o exemplo do recente concerto 3D. Transformaram-se no entanto a nível musical daí para cá numa repetição de si mesmos. Uma repetição que para mim sempre me soou a escandalosa e inqualificável, de qualquer das formas válida apesar de achar pouco digna.

Para melhor me fazer entender costumo usar estas simples mas eficazes analogias: Que achariam vocês de um escritor que contasse sempre a mesma história mas por palavras diferentes? Ou de um pintor que pintasse sempre o mesmo quadro mas usando cores diferentes? É neste marasmo, displicência e indolência criativa que estes senhores se encontram. Julgo pedir que para tão descarada ociosidade que esta seja assumida de uma vez por todas de uma forma efectiva.





Esclarecimentos: Não tenho nada contra o uso da marca ou da imagem para causas humanitárias bem pelo contrário, acho notável a forma como Bono Vox utiliza a sua visibilidade para ajudar os outros. Com o meu post apenas tentei caricaturar esta imagem que ficará para sempre ligada a uma banda mais conhecida pela sua atitude humanitária do que pela música que fará daqui para a frente.

Fui

Agressão Automóvel em Aveiro!


De quando em vez todos nós nos deparamos com casos insólitos no nosso tranquilo dia-a-dia. Verdade?
O que será que uma pessoa dita normal, vai pensar imediatamente depois de observar atentamente uma determinada parte integrante de um veículo automóvel visivelmente danificada? Ora bem, poderemos responder a esta questão mediante vários pontos de vista... Note-se que a frase “determinada parte integrante de um veículo automóvel visivelmente danificada”, pode tomar diversos rumos de entendimento, e calculo que a vossa pessoa não esteja propriamente interessada em se aborrecer com a leitura do desenvolvimento desta temática. Resta-me então humildemente apresentar, nomeadamente, a verdade dos factos relativamente a uma situação particular que me toca especialmente.

Bem, indo directamente ao assunto que me traz por cá, tenho a dizer-vos, humildes frequentadores deste espaço, que, numa noite capaz de confundir a atenção do individuo mais despistado, e, perante uma sequência de carros incrivelmente bem alinhada (houve ali arrumador profissional), na qual entre cada um deles, pouco era o espaço existente...! Muito pouco apresso-me a completar... muito pouco meus amigos!
E com isto vos confesso uma agressão automóvel que realmente me tocou, ou será que fui eu quem tocou? Será que os veículos estavam demasiado perto ou será foi a noite que confundiu a minha atenção? Será que a variável “velocidade do movimento do braço, mais precisamente na zona cotovelar” foi determinante na pequena deslocação do espelho vítima?
Tudo questões a considerar nesta incidência, tudo interrogações passíveis de reflexão...


Revoltem-se!
Chateiem-se! Tomem medidas!



Não permitam que um qualquer yuppie (palavra geralmente associada a uma interjeição, no entanto neste contexto toma um significado no mínimo curioso) arrume o seu voluptuoso carro junto do vosso, proporcionando assim, numa noite escondida, a incidência de uma cotovelada amiga (de uma inocente pessoa que estrategicamente se tentaria... movimentar!), num dos seus estimados meios visuais, fiéis companheiros na sua habitual condução bem sucedida.

Reparem no que vos (ao vosso magnânimo carro entenda-se) poderia eventualmente acontecer:


Ah! E se por acaso forem vítimas de um despiste como este... Não fotografem o delito! LOL (ok, só por motivos de força maior =P)

Fontes sérias diriam que: Yuppie = “jovem bem sucedido que ocupa cargo de responsabilidade ou de direcção numa organização financeira ou comercial e revela gosto por bens materiais de valor elevado.”


(podia ter sido pior! :P)

sábado, abril 12, 2008

2ª sugestão musical de 2008

Vampire Weekend :: Vampire Weekend

Género: Indie Pop/Rock
Breve descrição: Uma mistura de influências, desde o clássico barroco, batidas africanas, órgão do rock clássico, sons electrónicos e rock dos anos 60. O seu som, entre o clássico barroco e o electrónico, cria uma espécie de mistura única que, longe de ser complexa, resulta numa batida difícil de resistir.

Videoclip de A-Punk:



Veredicto: 7 (bom)

sexta-feira, abril 11, 2008

Mars Volta :: The Bedlam in Goliath


Mars Volta é responsável por uma das mais originais sonoridades da primeira década do século XXI. Em 2001, o seu primeiro álbum, "Delaused in Cromatorium", trouxe uma surpreendente mistura de rock progressivo e psicadélico com punk e influências latinas. No segundo álbum, "Frances the Mute" (provavelmente, o melhor) continuaram num som mais progressivo, quase abandonando as raízes punk, transparecendo um trabalho mais maduro. Embora o terceiro, "Amphutecture", fosse considerado por muitos um passo atrás, The Bedlam in Goliath trouxe de volta a veia criativa da banda, cada vez mais progressiva e experimental. Por outro lado, a voz de Cedric é cada vez mais peculiar e nos registos mais altos (e novamente com muitas experimentações estranhas), o que pode irritar muitos ouvintes. E assim se pode dizer sobre a atitude da banda em relação à música e composição, cada vez mais desligada das apreciações externas, em especial os fãs (que, não nego que não possa resultar no mais positivo dos actos).

Este feeling é enfatizado no opener "Aberinkula", ainda assim uma das faixas menos surpreendentes do álbum, começando-o com um refrão e batida explosivos, sem avisos, apresentações ou preparações. Esta visão da música ou, devo dizer, da arte, resulta em pormenores tão pouco convencionais como este - eles não poderiam ralar-se menos. As faixas são normalmente desenvolvidas em duas partes, com uma abordagem muito dinâmica e energética, quase sem espaço momentos com mais substância. Mesmo assim, quando existem, estes são realmente sentidos. "Metatron" retrata muito bem estas características, sem dúvida, um dos mais brilhantes standouts do álbum. A orquestração dos instrumentos é tão complexa que dificilmente poderíamos imaginar o sucesso de tal combinação numa faixa de música relativamente compreensível - às vezes entrecruzam-se três (!) solos de guitarra diferentes, para não falar de tudo o resto (que inclue saxofone, flauta e clarinete). Sem surpresa, o álbum é de uma técnica prodigiosa: o novo baterista, Thomas Prigden's, acrescenta um estilo fast-tempo que é impressionante por si só, por vezes fazendo-nos duvidar se um Ser Humano é realmente capaz de tal feito; enquanto que as várias guitarras estão combinados de todas as maneiras e tonalidades, desde riffs complexos, pesados e em stacatto até solos e efeitos arrebatadores. "Ilyena" e "Wax Simulacra" são os singles possíveis, sendo o primeiro particularmente eficaz embora conservando os ingredientes distintivos. "Golias" combina um riff de Rage Against the Machine com um explosivo jam final, a la hard-core. De facto, este álbum é o mais pesado do catálogo da banda, com "Ouboros" começando com um pesado e pontuado riff de guitarra que certamente não desfeitiaria qualquer música death-metal, após uma breve introdução a la Prefab Sprout. "Cavalettas" mostra algumas experiências interessantes de guitarra e "Askepios" é a mais pomposa e spacey de todas as faixas, lembrando o majestoso rock dos King Crimson e o ambiente dark e intrigante dos Tool. Esta faixa começa um magnífico trio com "Ouroboros" e "Soothsayer", esta última o corolário de toda a complexa orquestração inerente, com uma fusão de um motivo de fundo latino com efeitos sonoros espaciais, arranjos de violino a la música clássica, e trabalho de guitarra desde o psicadélico ao heavy-rock, numa extraordinária e novamente surpreendente mistura de combinações impensáveis.

O álbum pode exigir várias escutas atentas para ser compreensível e se perceber as suas conspícuas variações, devido à sua alta complexidade. Mars Volta pode perder algo com a atitude algo egocêntrica dos seus membros, e certamente a eles pode um dia merecer ser apontado o dedo (se realmente esse dia vier), mas sem dúvida que este não é o momento - é, respeitosamente, uma obra de génios, o melhor álbum do ano para já.

Vídeoclip de Ilyena


Rating: 8 em 10

1-4 - a evitar; 5 - vulgar; 6 - decente; 7 - bom; 8 - muito bom; 9 - impressionante; 10 - masterpiece a todos os níveis

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quinta-feira, abril 10, 2008


O Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley

Imaginem-se numa sociedade em que os bebés nasciam única e exclusivamente de provetas e apenas consoante as necessidades da sociedade. Que de um único óvulo poderiam nascer até 96 gémeos exactamente iguais, condicionados desde a fase embrionária até a sua fase adulta por processos biológicos e de indução de forma a executar as tarefas para as quais estavam predestinados. Um mundo onde não existe o conceito de família, maternidade, religião em que cada um usufrui do relacionamento que quer sem qualquer compromisso. Onde não existe frustração, inveja, medo ou dor, onde há lugar apenas para o consumo massivo do novo e o velho perde significado.


Huxley organizou a sua sociedade em 5 diferentes castas, ípsilones, gamas, delta, betas e alfas. Ípsilones, gamas e deltas correspondem às castas inferiores, destinados a fazer as tarefas mais físicas e corriqueiras. As castas superiores betas e alfas estão destinados a tarefas de foro mais intelectual, donos do conhecimento implementado e com acesso às formas de cultura existentes. O mundo é dirigido por um grupo de administradores mundiais, únicos conhecedores da história e possuidores do conhecimento livre. Uma droga “Soma” ajuda as pessoas na sua fuga para a satisfação e alienação das frustrações e infelicidades e neste esquema se mantém as sociedades unidas num género de felicidade utópica.

A narrativa evolui através da personagem Bernard Marx, um beta mais que vive na angústia de ser fisicamente diferente dos seus pares e na viagem que faz até a uma reserva selvagem, onde habitam isolados e separados do resto do mundo por uma cerca electrificada, homens com cultos primitivos. O verdadeiro drama começa quando Bernard Marx consegue a autorização para trazer um selvagem para o mundo exterior e todo o confronto posterior que se dá entre o selvagem e a nova realidade que lhe surge. O autor desenvolve ainda uma interessante forma de justiça onde a punição praticamente não existe apesar de boa parte dela ser suportada por métodos ficcionados.

“O controlo do comportamento indesejável por intermédio do castigo é menos eficaz, no fim das contas, do que o controle por meio de reforço do comportamento desejável mediante recompensas.” (HUXLEY, 1957)

É para este mundo alternativo que Aldous Huxley nos arrasta, numa visão perturbadora e exacerbada do uso do ser humano como simples instrumento e peça de uma máquina que funciona por um bem maior e universal, castrando o ser humano da sua maior virtude, a de indivíduo livre. A obra surge como um alerta do autor, para a absorção e constante adaptação que o homem tem estado sujeito pelo avanço da ciência e a técnica na busca da felicidade última e como o avanço no uso dos instrumentos biológicos e psicológicos que a ciência vai possibilitando pode modificar as formas e expressões naturais da própria vida.

A vida atribulada de um estudante... de medicina
&
(stuffs e COIXAS saídas da muy nobre instituição CP)

(imagem que ilustra uma doutora muito querida, no auge da sua credibilidade pois, para além de MÉDICA, é MULHER...)

Este caso caricato que vou relatar aconteceu a um colega meu, na urgência do serviço onde estamos a estagiar (que não refiro o nome dada a grande probabilidade de represálias efectuadas por santíssimas e ilustríssimas autoridades militares...).

Estava ele, coitadito, a sair do vestiário do bloco operatório com a indumentária adequada, pronto para exercer, com pleno direito, a sua actividade de estágio (assistir a cirurgias, etc...) quando, passando por um médico, com naturalidade e humildade lhe desejou votos de um "Bom dia". Este (como que atónito com tal ofensa transcendental) fulminou-o com o olhar, quase pulverizando o pobre rapaz, e questionou-o, com uma indignação mordaz:

- QUEM É VOCÊ?!

O rapaz, ainda não plenamente desfeito desta intempérie, deu as explicações triviais e devidas, dizendo que era do 6º ano e que estava a estagiar naquele hospital, e que fora o seu assistente a sugerir-lhe ir para o bloco operatório. Não tinha ainda terminado completamente a explicação, quando o médico esbracejou:

- MAS, VOCÊ É MILITAR?!

... (não)

- ENTÃO PONHA-SE DAQUI PRA FORA, QUE ISTO NÃO É NENHUM CABARÉ!!

Ainda se conservou alguns segundos na posição em que se encontrava, ainda envolto em dúvidas sobre o que teria feito de tão horrífico naquele local, se tinha sido o pequeno bufo que lhe tinha saído há minutos (não, ele tinha a certeza pois não havia ninguém num raio de vários metros) ou se o seu aspecto cansado sugerisse vida de boémio ou de drogado... por outro lado, não sabia ao certo qual a melhor forma de terminar este diálogo interessante. Acabou por lhe sair "Hmmm, ok", virando costas e indo para casa. Eram 9 e meia da manhã.


Por último não podia deixar de felicitar os senhores engenheiros júris da CP, outra coisa não podem ser senão dignos, íntegros, credíveis e inimputáveis. Tempo não lhes faltou para fazerem as suas escolhas criteriosas, coitados, muito embora para eles a decisão caísse num espaço temporal "breve". Enfim, estas catalogações temporais são sempre subjectivas, coitados, de facto se compararmos em termos cosmológicos tratou-se de um intervalo de tempo muito curto... Muitos parabéns à Charlotte, à Dulcineia e ao Adriano, com certeza que foram premiados na vida com outros belos atributos que não podemos encontrar nos seus nomes próprios.

Amen

quarta-feira, abril 09, 2008

Manifesto anti -calçada portuguesa

Maldita sejas, reles superfície! De tão miserável que és, nem a sola do meu sapato merece tal afronta para a sua existência, a de ter que te pisar!! Maldita sejas, e o energúmeno do teu criador! E todos os energúmenos que acharam que seria bonito contemplar-te aleivadamente e transformar-te numa das mais abomináveis "tradições" portuguesas! O teu criador havia de escorregar em ti, cair de cu, mesmo na ponta do cóxis, e partir o membro do meio! Malditos sejam todos!


Que mal fez a humanidade para existires, desprezível solo?! Odeio-te, repudio-te! Quantos já não ficaram injuriados, quebrados, paralíticos, falecidos (!) às custas dessa tua consistência oleosa repugnante? Fazes arquear perante ti a própria manteiga, vil e asqueroso objecto!

Que propósito podes servir tu, se fazes o precisamente oposto daquele que te dignas fazer? Provocas o riso ao riso. És feia. Horrível. Feres a vista! As ervas daninhas serpenteiam-te desalmadamente! Nem sequer te aguentas dignamente, buracos e buracos sem fim abrem-se inadvertidamente expondo a tua humilhante essência! És inútil. És zero, és nada!! MORRE!

Amen

terça-feira, abril 08, 2008

We sure are cute for two ugly people...


Gostava de dizer algo bonito neste teu dia, mas não o consigo. Espero que me perdoes... Tens sido o meu suporte, a minha estabilidade, tens sido o calor, o humano, tens sido a alegria da minha vida nestes últimos anos... Fazendo um paralelismo com as outras bonitas relações que por estes meandros coabitam... somos uns verdadeiros afortunados. Vemo-nos na companhia de umas meninas que, mais que tudo o resto, nos tocam tanto cá dentro... e que querem sempre o melhor para nós, sem pedir nada em troca...

Porque, no fundo, vai de encontro a um azulejo encontrado numa casa de bem (pese embora ter encontrado um pequeno pedaço de preservativo aquando de uma feitura de cama, seja lá qual for o acto horrendo que tenha originado tal resquício), encerrando nele toda a sabedoria popular...

Os homens são o diabo
Não há mulher que o negue
Mas todas elas procuram
um diabo que as carregue

Enfim, minha linda... Estou já eu nas minhas parvoíces e a denegrir um post que se queria a traduzir toda a tua inspiradora essência... Já sabes deste meu feitio peculiar. É bárbaro. Horrífico... Porque te ris das minhas parvoíces que não têm piada alguma? Porque não ficas endemoninhada com as minhas desatenções incomensuráveis? Porque abraças sempre tão carinhosamente isto tudo? Porquê? Poderia colocar estas perguntas no plural, se me permitem, meus amigos... A razão disto tudo é incompreensível, mas leva-nos às mais fascinantes raízes do amor humano... Um pouco como este amor e esta música, do vídeo seguinte, que fazem lembrar, não só esta, mas todas as relações aqui presentes...



You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
You want more fans, I want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Parabéns Lili *

sábado, abril 05, 2008

Porcupine Tree. A origem da ignomínia.

Consta-se que esta será uma das mais fortes hipóteses para a origem do nome da banda rock que Steven Wilson tão cuidadosamente guarda no segredo dos deuses (ele próprio diz que só ele e outra pessoa são conhecedores das razões que originaram o nome). Por qualquer razão, essa árvore, diante do famoso pub londrino, parece ser especial para o carismático líder da profícua e incaracterizável banda britânica.

Não posso deixar de agradecer à Irmã Lucy a honra desta foto, numa viagem recente com Jenny, JonieBatsIndyGirlCoiso e Octavy a Londres, por circunstância de uma louca e desvairada celebração em honra do final de curso : D Obrigado a todas, minhas queriditas **

quinta-feira, abril 03, 2008

BBBBBBBBBBBBbzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
TTTTTTTTTTTTTTTTTrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
GGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

Bz Bz Bz....

Xegou a primavera...

Tenhu dito...

Não consigo deixar de parar de ouvir esta música, em repeat incessante no meu Zen desde que a redescobri. Trata-se da faixa "Those to Come", do 2º (e provavelmente melhor) álbum da banda indie-rock The Shins "Chutes to Narrow" de 2003. Fico num autêntico transe taciturno a contemplá-la, alheado de tudo o que se passa à minha volta, fascinado pela sua simplicidade, rendido à sua beleza intrigante... Espero que vos mova tanto como me move a mim...



Eyeless in the morning sun you were
pale and mild, a modern girl
taken with thought, still prone to care
makin tea in your underwear
you went out in the yard to find

something to eat and clear your mind
something bad inside me went away

quaking leaves and broken light
shifting skin the coming night
the bearers of all good things arrive
climb inside us, twist and cry
a kiss on your molten eyes

myriad lives like blades of grass
yet to be realized, bow as they pass

they are cold,
still,
waiting in the ether,
to form,
feel,
kill,
propagate,
only to die
(x2)

dissolve
magically,
absurdly,
they'll end,
leave,
dissipate,
coldly
and strangely
return

=(

Amen

A origem do nome.


Brevemente, só aqui.

Amen

quarta-feira, abril 02, 2008

NO COMMENT, NO COMMENT, NO COMMENT, NO COMMENT


terça-feira, abril 01, 2008

Teoria do gato flutuante no espaço!!!!

Após dois deliciosos posts da nossa querida Rock sobre o "special one", em que nos maravilhamos com textos em português dignos de um prémio Nobel da Literatura, recebi um mail de um GÉNIO DA FÍSICA!!! A maior promessa portuguesa da física!!! Garanto-vos que ler esta nova teoria de um gato flutuante vos deixará maravilhados, e pensarão que de facto Portugal tem os seus génios desaproveitados e que dado a falta de estruturas científicas pessoas como esta vão de certeza ser convidados pela NASA para criar um projecto revolucionário.

(Cliquem na imagem para ler esta teoria revolucionária, vale mesmo a pena)



Tenho a certeza que pensaram, após ler isto, que há pessoas mesmo inteligentes!!!!