terça-feira, dezembro 30, 2008

Chegados aos últimos dias deste mês de Dezembro, e por isso, aos últimos dias do ano de 2008, apresentamos mais uma pertinente interrogação a responder na nossa interactiva rubrica, em que todos podem dar azo à sua erudição, referências e apontamentos pessoais, promovendo assim uma salutar interacção entre todos membros da comunidade que se dão a esta inconveniente maçada.

Trazida por um amável e curioso anónimo, a pergunta escolhida para este mês é a seguinte:

"Porque é que o próximo ano é o de 2009 e o anterior de 2008? Quem definiu o calendário? Porquê?

A resposta a esta pergunta é fácil e pode ser facilmente respondida se se pesquisar sobre: calendário gregoriano. A empreitada desta chatice, que pode ser alterar um programa de datas, teve como premissas principais que: a cada dia - A Terra gira ao redor de seu próprio eixo; a cada mês - A Lua gira ao redor da Terra; a cada ano - A Terra gira ao redor do Sol.
Foi da responsabilidade do padre jesuíta Cristovão Clavius, tendo
iniciado em 1582, por ordem do papa Gregório XIII, com a bula "Inter Gravissimas", de 24 de Fevereiro, logo seguida por várias nações católicas, como foi o caso de Portugal. O dia 4 de Outubro de 1582, passou a 15 de Outubro, o primeiro dia do novo calendário. Portanto, estamos a chegar a 2009 porque, o Papa, entidade suprema do Séc.XVI assim o decidiu, substituindo o calendário implementado por Júlio César no ano 46 a.C, o calendário juliano. Os motivos destas alterações ao calendário em vigor deveram-se principalmente a Kepler e ao seu trabalho sobre as leis do movimento dos planetas - as três descritas atrás.

Papa Gregório XIII

"Calendário gregoriano: iniciativa do Papa Gregório XIII, que lhe deu o nome, veio corrigir o desajustamento do calendário Juliano, o que implicou a supressão de dez dias em 1582. Esta medida provocou inúmeros tumultos populares, pelo receio das pessoas terem ficado com as suas vidas encurtadas. Como instrumento regulador, estabelece o ciclo anual de 365,2425 dias e a ocorrência dos anos bissextos."

"Calendário juliano: calendário solar ... começou a vigorar no ano 709 de Roma (45 a.C.), ciclos de quatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissexto de 366 dias, a fim de compensar as quase seis horas que havia de diferença para o ano trópico ... Februarius passou a ser o segundo mês do ano ... com a consequente falta de sentido dos meses com designação ordinal."

A título de curiosidade, todas estas alterações criaram, e tem criado, uma série de confusões, uma vez que vários países adoptaram este calendário em alturas diferentes, por exemplo, os territórios sobre a égide da monarquia inglesa só o adoptaram passados 170 anos e a Grécia em 1923. Claro que fora das sociedades ocidentais continuam a existir calendários alternativos, o ano 5770 da era israelita começa ao pôr do Sol do dia 29 de Setembro, o ano 4646 da era chinesa começa no dia 7 de Fevereiro, o ano 2668 da era japonesa começa no dia 1 de Janeiro. Não tivesse sido feita esta alteração, estaríamos nós a entrar no ano 2046, a 14 de Janeiro pelo calendário juliano.

Referência 1
Referência 2

sábado, dezembro 27, 2008


Orgulho




Se os sentimentos não fossem por si só sentidos, seria mais fácil descrever tudo o que representas para mim.


Orgulho.

É ter de ti o alpendre, onde albergas a sabedoria, a inteligência, a jovialidade penetrante e genuína. É o sentimento límpido estampado no rosto.

Porque, no fundo, tens sido o suporte, a inspiração, o calor da minha vida.

Continua a ser quem és e como és. Continua a fazer-nos felizes pela tua existência.


Parabéns Orgulho meu!

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Nos dias de hoje, em que os jogos de computador cedem cada vez mais aos avanços da tecnologia, tornando-se por esse motivo mais próximos da realidade, mas ao mesmo tempo bem mais enfadonhos e menos criativos para os utilizadores, aparecem pequenos oásis de genialidade e arrojo, como o é este caso.

O objectivo não podia ser mais simples, construir várias estruturas com as "goo balls", de forma a conduzir um número mínimo e pré-determinado das mesmas ao cano que as transportará e lhes abrirá novos mundos. Dividido em cinco capítulos, cada capítulo tem vários níveis, cada um com as suas características muito próprias, tornando assim a experiência e a abordagem sempre nova. Há ainda o "World of Goo Corporation", um espaço em que o objectivo é construir a torre mais alta usando as "goo balls" excedentárias que vamos ganhando em cada nível. Aqui entra a componente online do jogo, em que podemos competir com outros jogadores em todo o mundo pela torre mais alta.



Partindo de um conceito tão simples - a construção de estruturas seguindo as regras naturais da física -, remete Guitars Heroes e Gtas para o canto das banalidades. Estes irão ter, por certo, o seu lugar na história também, mas não o mesmo que cabe àqueles imortais clássicos que não cedem à inevitabilidade do tempo e ao aprimoramento da técnica. São este tipo de jogos que ainda hoje proporcionam inúmeras horas de diversão a gerações tão diferentes e, este World of Goo, é um jogo que imagino os meus trinetos no ano 2108 ainda a jogar.

"Innovative, addictive, and delightfully weird, World of Goo is a superb puzzle game."
Gamespot

A tentar aqui.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Natal
Fernando Pessoa

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Foto por Sergio Mendes

terça-feira, dezembro 23, 2008

Estrelas a cair

"Adoração dos Magos", pintura de Giotto di Bondone.

Desde cedo me venderam a história do menino Jesus e como uma estrela cadente guiou três Reis Magos, representando: “as três raças humanas existentes, em idades diferentes”, com o fim de adorá-lo e presenteá-lo com ouro, incenso e mirra. Já em menino achava muita efabulação descrever uma estrela que guiava três homens – por muito nobres que fossem -, e depois parava no céu onde o Deus menino estava nas palhinhas deitado.
A discussão da existência destas personagens é algo que nem se deve ter, de tão insípida e ridícula que ela pode vir a ser. Por outro lado, fascinantes são estes fenómenos em que a luz cruza o céu em riscos brilhantes, como o descrito nessas passagens do no Novo Testamento.
Hoje sabe-se que a chamadas “estrelas cadentes”, não são estrelas, são meteoros, pequenas partículas, poeiras, muitas delas mais pequenas do que um grão de arroz, que ao se encontrar com a Terra a enormes velocidades (só a Terra viaja a cerca de 10800 km/h), entrando na atmosfera, por força do atrito, aquecem até começar a arder e desenhar o traço luminoso a que os astrónomos chamam meteoro e as pessoas estrelas cadentes. A intensidade deste traço resulta não tanto da pedra que arde, mas de efeitos que produz na atmosfera, é um fenómeno parecido com o que acontece nas lâmpadas fluorescentes - com um gás no seu interior que não produz luz, assim que se liga interruptor esse mesmo gás torna-se luminoso - no caso não existe interruptor, mas a energia térmica desenvolvida na pedrinha faz com que o ar à sua volta, o oxigénio e azoto se tornem luminosos.

Estrelas cadentes e cometas - pequenos astros do sistema solar, com núcleo, cabeleira e cauda, que efectua uma órbita, geralmente muito alongada e não necessariamente periódica, em torno do Sol -, sempre foram e serão objectos deslumbramento e temor por parte do homem. Desde o mais célebre Halley, baptizado no século XVII e já alvo de uma sonda de reconhecimento de nome “Giotto”, o mesmo do artista italiano que pintou o quadro “Adoração dos Magos”, em 1301, até à recorrente e mais abundante chuva de estrelas cadentes, fenómeno anual que ocorre todos os anos em Agosto quando restos do cometa Swift-Tuttle entram na atmosfera terrestre, cometa este que recentes cálculos indicam que passará a 23 milhões de quilómetros da Terra em 2126, e na sua passagem em 3044 a apenas a 1,5 milhão de quilómetros da Terra (cerca de 4 vezes a distância que nos separa da Lua), terrivelmente próximo para cálculos bem mais falíveis que as actuais previsões económicas.


Cometa Swift-Tuttle

O Apocalipse pode estar aí, portanto, aproveitem o Natal enquanto podem.

A verdadeira coacção

Pois é meus amigos, não resisto, cá estou eu de novo para vos falar de um tema sempre muito interessante, que me deixa transtornado com a "justiça" desportiva nacional (será que isso existe? Já na Roma antiga, ela não existia...) e que parece ser uma "moda" recorrente no "micro"sistema que é a casa do Dragão.

Primeiro, e apenas para recordar significados de palavras, pode ler-se no dicionário de língua portuguesa da Porto Editora, coacção: constrangimento que se impõe a alguém para que faça, deixe de fazer ou permita que se faça alguma coisa; imposição.

Em segundo lugar, queria recordar um episódio escaldante, que não tendo sido o primeiro do género (recordo "lances" como os do Pena e do P.A.), foi com toda a certeza, o pioneiro no modo, meios e alvo do "ataque"! Corria o ano de 2006, o Porto acabara de ceder um empate diante do Rio Ave e perdeu apenas a hipótese de dilatar a margem de avanço que tinha face ao Benfica. "Um grupo de adeptos do F.C. Porto atacou e vandalizou o automóvel de Co Adriaanse, com o técnico lá dentro, ontem à noite, à saída do centro de treinos do Olival, onde o autocarro da equipa deixara os jogadores e os treinadores depois da partida de Vila do Conde. A viatura ficou bastante danificada e quase sem vidros, mas, tanto quanto foi possível apurar, os danos foram apenas materiais, dado que o holandês terá conseguido arrancar antes de haver males maiores. Adriaanse foi o primeiro a abandonar o Olival, de regresso a casa. À saída, tinha à espera gente que decidiu dar prolongamento aos assobios e insultos que o técnico já ouvira em Vila do Conde, depois de consumado o empate. O grupo rodeou imediatamente o carro e, umas vezes a pontapé, outras a soco, tratou de traduzir selvaticamente para uma linguagem universal aquilo que Adriaanse podia não ter percebido no Estádio dos Arcos."

Pode ver-se a pontuação de Porto e Benfica nesta altura do campeonato, a título de curiosidade! O Porto estava para descer...

Em terceiro lugar, e com a certeza que todos terão ainda bem presente, a "fase negativa" do F.C. Porto este ano (2008), é relatada com três derrotas consecutivas (duas para o campeonato e uma para a champions), duas delas no seu próprio estádio. Já todos pediam que o professor abandonasse o cargo, por tentativas mais que muitas falhadas, aqui e ali, na constituição da equipa titular, nas alterações efectuadas durante os jogos, nos resultados, ...

Mas a massa adepta portista não se deixa ficar, e eis que novo capítulo surge no "ninho" do dragão. Depois da derrota diante do Leixões em casa (dia 25 de Outubro), um jogador azul e branco tem uma surpresa à saída do Olival. “A última madrugada foi escaldante no Dragão, após a derrota frente ao Leixões. Ultras portistas fizeram espera aos craques e partiram o vidro do automóvel de Cristian Rodriguez.

O Dragão esteve em brasa no início da madrugada que se seguiu à invasão do mar. A derrota com o Leixões – segunda consecutiva! – provocou uma atmosfera anormalmente tensa nas bancadas, corrosiva no balneário e... verdadeiramente explosiva quando as cancelas se abriram para os craques azuis e brancos abandonarem o estádio.” Qual massa adepta portista? Isto foi obra, claramente do grupo de apoio "No Name Boys" ligado ao Benfica! E mais não digo...

Depois de tudo isto, mergulhado no autêntico fosso, o Porto tem ainda forças para obter um ciclo de 9 (nove) vitórias consecutivas, com jogos da champions, taça de portugal e campeonato nacional, factos esses que levaram o professor a afirmar o seguinte:

Uma pessoa que até teve as malas feitas, vem dizer isto, das duas três: ou é psicótico (julga estar a falar verdade, tem alucinações auditivo-visuais ou não tem consciência do eu) ou é incapacitado intelectualmente, para ter o discernimento de pensar para consigo "há cerca de um mês atrás estive mesmo para abandonar o barco. Porque vou dizer tamanha barbaridade agora?"

Todavia, ontem à noite (dia 21 de Dezembro), o Marítimo desloca-se ao Dragão e acaba por alcançar mesmo o empate a zero golos. Ninguém queria acreditar! Factos do jogo: domínio territorial indiscutível do Porto, 2 penaltys por assinalar a favor do Marítimo (apenas 1 árbitro da comunicação social diz que um deles, o do Rolando não é penalty, vá-se lá saber porquê), 1 expulsão para cada lado “perdoada” e inúmeras faltas inventadas ao cair do pano, a favor do Porto, próximo da área maritimista. Foi isto que se passou no estádio! Quer queiram, quer não queiram. O que diz o blog “estádio do dragão”: “É verdade que o jogo foi condicionado por uma arbitragem matreira e tendenciosa, que cedo demonstrou que vinha ao Dragão com um propósito, o de prejudicar o FC Porto. Nas pequenas faltas, na amostragem de amarelos e na permissão de jogo passivo, o árbitro “Roubar-te Gomes” ajuízou sempre contra a equipa da casa.” Completamente falso. Mentira. Com as 7 letras. E perguntam vocês, o que aconteceu no final da partida, depois de tudo isto? Apenas e só isto: “O árbitro Duarte Gomes terá dado conta, no seu relatório, de toda a confusão ocorrida no final da partida e da qual se destaca uma agressão ao motorista dos árbitros que levou à identificação, por parte da polícia, do assessor de imprensa do FC Porto, Rui Carvalho. As trocas de palavras azedas entre vários elementos das equipas começaram à entrada do túnel, onde o delegado do Marítimo, Jacinto Vasconcelos, se desentendeu com elementos do “staff” portista perante o delegado da Liga, Manuel Armindo, que se encontrava no local.". Todos queriam a cabeça de Duarte Gomes, o árbitro da partida, que até favoreceu os da casa, imagine-se! Não há ninguém, NINGUÉM, na comunicação social (essa tão vermelha e branca e tão controlada pelo clube do ex-regime) que diga que o Porto tenha sido prejudicado, muito pelo contrário. Muito pelo contrário...


Mais uma daquelas fantásticas "jogadas" de coacção pura e dura, a que todos estamos habituados, não havendo mesmo quem não conheça o que se passava no túnel das Antas, acontecimentos esses, que entre outros, obrigaram a Liga de Clubes a instalar câmaras de filmar nos túneis de acesso dos vários estádios de futebol, com o intuito último de salvaguardar a integridade das pessoas que por lá passam durante as partidas de futebol da divisão maior do futebol nacional, há ainda a coragem e o "talento" para tentar igualar tal façanha no período pós-apito "pinta"do dourado!O que quero eu dizer com tudo isto? Ninguém faz ideia? Parece-me óbvio. A vocês não? Pois é, é mesmo disso que falo, e que está à vista de todos. A coacção que dirigentes, adeptos (muitas vezes, se não a maioria, em conivência com os responsáveis máximos do clube) e até mesmo jogadores do próprio clube, tem de acabar de uma vez por todas! É isto que apodrece o futebol nacional, é isto que eu, pessoalmente condeno, é isto que não deixa crescer os clubes que não são "grandes", é isto que está mal... não me venham com histórias que no Benfica do regime era ainda pior e que todos os clubes fazem disto uma arma actualmente, porque tal não corresponde à verdade. A verdade essa, é que quando se precisa de "força" para intimidar e para fazer andar um carro sem gasolina se recorre a métodos "ilegais" e "corruptos", e até dá jeito ter claques e adeptos mais descontrolados que forcem o mesmo a andar. Este compadrio, "à la siciliano," diria mesmo à mafioso, convém a todos os que por detrás disto andam, vivem, vibram e apoiam! Caso contrário, já muita "tinta" (e outro tipo de coisas) tinha corrido para aqueles lados...os lados da alameda do Dragão!

E a pergunta põe-se, qual o por quê de todo o adepto e simpatizante do F.C. Porto se subjugar a este sistema de coacção visível a todos, até para os mais leigos (menos para as instâncias criminais) e ainda para aquela minoria, que não estando de acordo com o mesmo, se limita à insignificância de viver sem manifestar a sua opinião no sentido de varrer toda a lixeira que ali deambula "na casa que é sua"? Qual o por quê da conivência óbvia e concreta dos administradores do F.C. Porto e dos grupos de apoio, leia-se claques "legalizadas" (sim eles , entidade reguladora, têm os números de ambas, pode nem corresponder à realidade, mas o que interessa é que têm os números) enquanto força ameaçadora e reguladora daquilo que se passa no quotidiano do futebol do clube? Terá a justiça nacional um papel muito mais importante do que aquele que tem demonstrado até aos dias de hoje nestas questões em concreto? E o Governo? Parece-me que o futebol é uma "entidade" à parte da realidade governamental nacional... mais, o futebol na era pós-regime, enverdou por um beco estreito com uma única saída... a da verdadeira coacção total!

Edit: hoje (dia 23 de Dezembro) o Benfica falha a fuga aos mais directos adversários por obra do "acaso"! Esmiuçando as palavras, o Benfica até podia ter consentido 2 ou 3 golos em jogo jogado (parabéns ao Nacional, exibição perfeita na Luz), mas nos descontos voltou a haver mão de "Deus", não do N.G., mas antes do senhor Pedro Henriques. Se não veja-se:


O Jogo, jornal vermelho e branco por tradição, fala mesmo em "força superior - o árbitro Pedro Henriques" (até para aqueles que não acreditam em Deus) e na "diabólica intervenção do árbitro Pedro Henriques", que de resto só não tirou mais pontos ao Benfica porque não podia ou não tinha em sua posse, os meios para (sim foram só 2, esperemos que não sejam úteis para as contas finais, se assim for...caso encerrado, digo arquivado ou será dourado).
Isto sim é caso para dizer, se fosse no Dragão, haviam rolado cabeças, Mangas, Mónicas e até "apitos"! Se beneficiados, foi o que se viu, imaginem só com este escândalo... que mais uma vez vai passar impune a tudo e todos! Imaginem... não pensem sequer...

segunda-feira, dezembro 22, 2008

No comment



Feliz Natal!

domingo, dezembro 21, 2008

Vir da Madeira é chato e cansativo e dói muito de modo que é melhor degladiarmo-nos estoicamente para não perder.

Glorioso F.C.Porto 0 - 0 Marítimo (Com isto, F.C.Porto falha assalto ao 1º lugar)

E haverá próximos assaltos...

:D

sábado, dezembro 20, 2008

No seguimento do nosso mestre Nimpo...
Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb de
Stanley Kubrick
(1964)
Género: Comédia

Comédia negra hilariante, com assinatura de mais alto nível do grandioso Kubrick, este filme aborda a temática de eminente guerra nuclear entre as duas maiores potências mundiais, em pleno período de guerra Fria.
Um general psicótico americano, Jack Ripper, acha que os comunistas conspiram com o intuito de poluir os "fluidos corporais preciosos" dos americanos e lança a sua armada de bombardeiros B-52 contra alvos nucleares da U.R.S.S.
No Pentágono, presidente dos E.U.A., chefes de estado maior e o "ex"-nazi Dr. EstranhoAmor (um génio, caricato, sinistro, peculiar e especialista em armas) percebem que apesar de todos os esforços, vai ser impossível parar o ataque.
Peter Sellers, interpreta nesta sátira épica da história do cinema, nada mais nada menos que 3 papéis, tendo sido nomeado para o óscar desse ano, que acabou por perder para Rex Harrison (gsdgsdfgseergsdfhhfdsh) em My Fair Lady, escolha no mínimo polémica depois de verem a prestação de ambos!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Neste espírito festivo deixo os meus votos de um FELIZ NATAL!!
Assim desta forma convido toda a gente a visualizarem este Vídeo. :)

Música de Natal


Coloquem a vossa predilecta, também!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

"Cotas todas mulhadas"


Sempre atentos às necessidades de quem nos visita, esta vai para o indivíduo(a), que aqui chegou às primeiras horas do dia de hoje, procurando no Google por: "cotas todas mulhadas" e se deparou com antigas alarvidades que nos eram tão habituais no ido ano de 2004.

Alerto as mentes mais sensíveis, para o conteúdo extremamente gráfico dos ditos que se vão seguir.

Tempos havidos em que o Nimpo ainda se despedia de todos com: "Abraços a malta, fodam mt :P", o nosso Fabuxo se queixava da pouco regularidade na altura de partidas de futebol no Espadanal e o Hércules - que ainda não distinguia entre um blog e um post -, mostrava todo a sua repulsa pelas mulheres, ao mesmo tempo que a Ana Silva concordava e o Magal dissertava palavras do género:

"Uma mulher já é extrema/ sensual, ja nos fascina por completo... imaginu entao duas... bem juntas, a usarem e abusarem das suas auras afrodisiacas, misturando os seus suores.... entrelaçando-se mais do k carnal/ fundindo as almas numa alma universal, trabalhando a arrogancia do seu erotismo em prol de um prazer k transcende ambos os corpos, k se espalha no ar ficando aquele odor mágico, prazer intenso ardente e ao mm tempo relaxante pacifico, cm se tudo se resumisse akele momento...."

Pedindo desculpa, a quem, enganado pelo Google, chegou aqui e não logrou o sucesso da sua busca, deixo o mais aproximado que consigo arranjar sobre "cotas todas mulhadas".


Sempre ao dispor.

A gerência.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Taxi Driver de Martin Scorsese (1976)
Género:  Crime / Drama / Mistério


Taxi Driver, talvez o melhor filme de Martin Scorsese, retrata a progressiva deteoração mental de um ex-combatente na guerra do Vietname. Assaltado pelo mutismo e o isolamento progressivo, Travis Bickle (interpretado pelo, na altura novato, Robert De Niro) ocupa as suas longas noites de insónia trabalhando como taxista Nova-Iorquino. 

Constatando a corrupção, os vícios e a degradação presentes na metróple assim que a noite se instala, Travis mergulha num pesadelo crescente, onde as suas perturbadoras experiências de guerra estão cada vez mais interligadas com a análise que faz à sociedade que assiste, todos os dias, despertar no crepúsculo. Como um subterfúgio de libertação mental. A realização confere um efeito hipnótico à filmagem, como se estivessemos a assistir a tudo através dos olhos de Travis, criando uma atmosfera densa e marcante. Os diálogos estão também muito bem orquestrados, vincados pelo carácter dos personagens. De certa forma, acabamos por ganhar simpatia a Travis, apesar de tudo encontramos uma certa veracidade na deturpação que este faz da realidade, como uma subtil crítica de fundo. 

Nos meandros dos bairros, esquinas e guettos corruptos e decadentes, Travis acabará por encontrar Iris (Jodie Foster), uma prostituta, intrinsecamente ligada a esse mundo, vendo nela a esperança, a tábua de salvação da sociedade que ele quer redimir com as próprias mãos. Jogo psicológico puro num ambiente sombrio e nocturno, onde todo o opróbrio humano vem ao de cima, são os ingredientes fundamentais deste clássico de Scorsese. Que a guerra comece!

sábado, dezembro 13, 2008

Crise!!


Veio de Oeste e instalou-se a Ocidente.

As causas não são financeiras ou económicas, é algo muito mais profundo, é principalmente uma crise ética, cultural, de moral e por isso mental. Enquanto as pessoas continuarem a ser tratadas como objectos, ou meras unidades de trabalho, dispensáveis de acordo com as exigências de mercado, ou caprichos de gestão de lucros e não como indivíduos que apesar das suas idiossincrasias compõem uma sociedade que se quer justa e de partilha, em que os valores circulam e as riquezas crescem de forma proporcionada com o todo.

Por cá denuncia-se o que já todos sabiam, os portugueses políticos que antes de o ser nada eram e nada tinham, quando o deixam de ser granjeiam poderes e riqueza numa clara promiscuidade com o sector privado.
A outra face são muitos dos nossos banqueiros, tipos como o sombrio Oliveira e Costa, ou o desassisado João Rendeiro, que apesar de o seu banco de ricos ter falido ainda consegue arranjar um pertinente timing para lançar um livro com frases como: "A história de quem venceu..."; "Invista com segurança...". É preciso ter uma determinada lata, coisa que parece não faltar à maioria destes gestores financeiros de topo, rapidamente amparados pelos governos com o dinheiro de todos. Parece esquizofrénico mas é verdade, são os que menos têm que estão a emprestar aos que mais têm, para que depois estes tornem a emprestar aos primeiros, mas desta vez com juros.

E a Grécia aqui tão perto, tão parecidos connosco, mas bastante mais irascíveis.



“O sistema de crédito centralizado nos bancos nacionais e os detentores do grande capital que o rodeia, dá a esta classe de parasitas um poder fabuloso, não só para controlar os capitalistas industriais, mas também para intervir directamente na produção da maneira mais perigosa. Esta gente nada sabe sobre produção e nada tem a acrescentar sobre isso”.

Karl Marx

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Buraco negro massivo no centro da Via Láctea


Uma equipa de astrónomos alemães descobriu recentemente provas directas da existência de um buraco negro no centro da nossa galáxia, os que se designam de Supermassive Black Holes (sim, tal como a canção dos Muse). O objecto tem um tamanho equivalente ao do nosso Sol, porém com uma massa 4 milhões de vezes superior, e foi detectado pelo telescópio do European Southern Observatory (ESO), no Chile. A sua localização central permitiu o cálculo exacto da distância do nosso sistema solar ao centro da galáxia, cifrada agora nos 27.000 anos-luz (algo como 255.000.000.000.000 km!).

Esta descoberta surge no momento em que a ciência discute a possibilidade de todas as galáxias possuirem, nos seus centros, estes Supermassive Black Holes, e que funções estes possuirão. São já conhecidos alguns, o maior deles situado na galáxia QJ 287, com a massa equivalente a 18 biliões de Sóis. Ao contrário dos buracos negros estelares, mais pequenos, pensa-se que estes buracos negros supermassivos são formados ou por imensas nuvens de gás, ou pelo colapso pela gravidade de aglomerados de milhões de estrelas aquando da formação do Universo.

A maioria dos Supermassive Black Holes catalogados encontram-se em forte actividade, ou seja, atraíndo matéria para si, aumentando ainda mais a sua massa. Assim sendo, fazendo uma comparação grosseira, a nossa galáxia não será mais que um funil gigante de base larga, em que todas as estrelas rodam em espiral à volta do centro que, progressivamente ao longo de biliões e biliões de anos, acabará por "sugar" tudo à sua volta. Uma meta temporal tão longínqua quanto impossível de conceber, à escala humana. Resta perguntar, até onde irá o Homem nesta escala temporal verdadeiramente indecifrável e esmagadora?


Buraco Negro. É um corpo celeste no qual a força de gravidade é tão grande que não deixa nada, nem a própria luz, escapar. Como tal, a luz não é reflectida, daí os nossos olhos não o conseguirem observar tal como ele é - o seu aspecto negro resulta somente do facto de não reflectir a luz. Um buraco negro estelar, o mais conhecido, resulta do processo de "morte" de uma estrela. Quando a estrela perde todo o seu combustível (Hidrogénio), normalmente apaga-se convertendo-se numa gigante anã - um corpo gigantesco frio. No entanto, quando a estrela possui uma massa muito grande (por consequência, de tamanho muito grande), o processo de morte pode resultar numa acreção progressiva da massa em torno do seu centro, originando um corpo infinitamente mais pequeno que a estrela original, mas com praticamente a mesma massa - um corpo tão denso que não deixa a própria luz escapar, retida na sua gigantesca gravidade. O nosso Sol, uma estrela média-pequena, não terá massa suficiente para originar esse processo.

Imagem em proporção correcta do nosso sistema solar. O Gigante Sol, ainda assim uma estrela relativamente pequena. O Supermassive Black Hole da Via Láctea terá um tamanho muito semelhante.


Que melhor revelação que esta para celebrar? Muitos indivíduos por
muito menos sucumbem repugnantemente na degradação do álcool.
Por muito menos outros encafuam-se em armazéns
repletos de gente,
do género neo-campos de concentração. Só por dizer que sorriem e
dançam
em corpos obesos. Enfim, outros tempos. Pois deliremos esta
delícia científica ao som de Muse.
Supermassive Black Hole!!


terça-feira, dezembro 09, 2008

Mogwai ::: The Hawk is Howling
Género: Post-Rock

O último álbum de Mogwai é como um quadro amoroso, bastante diferente dos álbuns anteriores, mais crus e viscerais. A forma como o piano surge na segunda secção da faixa de abertura I'm Jim Morrison I'm Dead é simplesmente terna e imponente, quando seria de esperar o cliché de uma explosão de guitarras naquele crescendo típico do post-rock. É esta abordagem diferente que torna faixas como Local Authority e Kings Meadow paisagens de sonho admiráveis, especialmente a última, com o seu crescendo de ruídos minuciosos por trás. 

Mas a faixa icónica do álbum é, sem sombra de dúvidas, The Sun Smells Too Loud, talvez uma nova masterpiece para o post-rock. Uma música construída sobre variadíssimas camadas cativantes de diversas guitarras, teclados electrónicos e piano, produzida de uma forma parecendo que cada uma dessas linhas trabalha, por si só, completamente independente das outras. Unidas, no entanto, criam algo de inspirador e majéstico, de uma complexidade original para o género. I Love You, I'm Going to Blow Up Your School e Scotland's Shame são das faixas mais indulgentes que eles produziram, a primeira numa linha depressiva a la Godspeed You! Black Emperor, a segunda quase tocando na indulgência sonhadora dos Sigur Rós.

E assim o álbum opera de uma maneira bastante diferente da qual os Mogwai nos vinham habituando, o que, evidentemente, irá aborrecer os fãs aguardando algo na linha dos seus primeiros trabalhos. Neste aspecto, só as faixas Batcat, completamente remanescente da sua sonoridade hard-rock distorcida do passado, e The Precipice, o crescendo sinistro clássico dos Mogwai, podem oferecê-lo. O resto de The Hawk is Howling é provavelmente demasiado relaxante e filosófico para ser atingido de forma superficial.

7,5/10 (Bom+, grande álbum no género)

domingo, dezembro 07, 2008

Rear Window de Alfred Hitchcock (1958)
Género:  Crime / Drama / Mistério

Imaginem um daqueles pátios interiores urbanos, rodeado de dezenas de blocos de apartamentos, dezenas e dezenas de janelas traseiras convergindo para esse mesmo local. Cada janela, uma vida. Imaginem agora todas essas janelas abertas e/ou penetráveis, por algum imperativo climático, e alguém, pertencente a esse mesmo sistema, observando tudo e todos, para vencer a limitação do seu próprio aborrecimento.

Este é o ponto de partida para Rear Window, um dos mais aclamados filmes de Hitchcock. Seduzido pelo prazer irresistível do voyeurismo, o personagem principal, interpretado pelo cativante James Stewart, é arrastado progressivamente para um jogo de interpretações pessoais daquilo que aparentemente vê, na aparente segurança da sua janela. Ele e a sua visitante regular, a glamorosa Grace Kelly, com uma interpretação hipnotizante, preenchendo verdadeiramente o ecrã, vão ser os companheiros numa jornada confrontacional realidade/imaginação cujas consequências imprevisíveis e perigosas parecem ignorar.

Um filme original, com um argumento inteligente, diálogos marcantes, personagens intrigantes e uma intriga misteriosa e cativante. Um filme que mergullha, para além de tudo, em fascinantes questões sobre o ponto de vista filosófico.


"Não estou muito por dentro da ética de janelas traseiras"

"É um mundo privado secreto que estás a olhar por aí. As pessoas fazem muitas coisas em privado que não conseguiriam explicar em público."