Perdemos um velhinho simpático, afável, doentinho mas ganhamos por ordem do espírito santo ou por força de umas dezenas de cardeais como quiserem que o sucessor de Pedro fosse apenas um alemão iluminado, desertor das tropas de Hitler que é contra o liberalismo, o marxismo, o relativismo, o materialismo, o capitalismo, o socialismo e a modernidade acho que não falta nada. Para Ratzinger os católicos tem de ter apenas “uma crença simples nas verdades da igreja”, crença que levou durante centenas de anos à inquisição, às cruzadas e a outras verdades absolutas e absurdas da igreja que mais tarde acabaram por levar a um pedido de desculpas pelas atrocidades cometidas em nome da fé e pelos erros idiotas de uma instituição que tarda em se modernizar e abrir-se a um mundo em constante mudança. Para os católicos conservadores a igreja não tem de andar ao sabor das modas e manias dos tempos, a fé é algo imutável que não se modifica nem se transforma conforme as situações, para a igreja ontem e hoje colocar um simples bocado de plástico na pila é um motivo de condenação um pecado às leis da igreja, amanhã estou a ver esta mesma igreja a pedir desculpas do absurdo desta crença idiota, demora o seu tempo mas vai chegar talvez mais cedo do que esperámos muito por culpa desse flagelo do mundo moderno.
Andei-me a informar e encontrei umas opiniões engraçadas sobre este novo papa em algum momento da sua vida Joseph Ratzinger é contra o aborto, que considera corresponder a “uma cultura de morte”, no entanto não se opõe à pena de morte, talvez por isso João Paulo II tenho dito um dia “tenho medo dele”, não se sabe o contexto desta afirmação mas talvez seja por ser este o homem responsável pela Congregação do Santo Ofício, a congregação responsável pela defesa das leis e crenças da igreja.
Eu não tinha qualquer preferência sobre quem havia de ser o novo Papa e nem posso dizer que esta nomeação me agradou nem desagradou, mas a eleição desta santidade com cara de poucos amigos, constitui a vitória do “lado negro da igreja” em detrimento de alguém de discurso mais aberto e de linhas menos dogmáticas (se isso é possivel pedir ao sucessor de Pedro), com um percurso menos polémico, a igreja precisava de alguém que a unisse mais do que a divide-se coisa que João Paulo II sempre o fez bem e que este desde a sua campanha para Papa até à nomeação Ratzinger nunca o conseguiu fazer e olhando para a sua vida ou o espírito santo o ajuda ou Bento XVI ficará conhecido apenas como o papa pós João Paulo II.