terça-feira, junho 30, 2009

A cigarra de La Fontaine

1428634981_100129cd8b_o

Com o fim do Verão e o início do Inverno, a cigarra ao sentir o frio pressentiu a morte, até que, subitamente, o calor voltou e a revitalizou até ao ponto de a fazer novamente cantar. O que a cigarra não sabia, é que o seu mundo era uma vacaria. No final do Verão, esta tinha sido limpa, depois, foram as fezes de uma vaca que lhe caíram em cima que lhe deu o calor enganador, quando o dono da vacaria levou as fezes, a cigarra, naturalmente, morreu.

La Fontaine inventou a fábula, dando a animais características e vivências humanas. A moralidade desta curta estória resume-se a uma engraçada máxima: nem toda a gente que te manda à M te quer mal; nem toda a gente que te tira da M te quer bem, mas quando estiveres na M, evita cantar.

Legenda: M = caca, cocó.

16 comentários:

Unknown disse...

Estória e um neologismo proposto por Joao Ribeiro, para designar, no campo do folclore, a narrativa popular. E um termo arcaico, encontrado em textos antigos antes da grafia historia.

O termo nao teve uma aceitacao generalizada e por isso nao aparece nos dicionarios portugueses, apenas nos brasileiros, sendo considerado como um brasileirismo.

A palavra estória foi proposta, mas nao aceite, pelo qual o termo correcto a usar-se e mesmo historia.

O Shihan disse...

Obrigado pelo esclarecimento, Roberto!

Mas a minha dúvida mantém-se, lembro da explicação, no ciclo, sobre diferença entre as duas palavras, estava(ou) convencido sobre isso, o meu dicionário de português também tem a palavra. Qual é a fonte?

Unknown disse...

A palavra estória existia mas caíu em desuso e por isso saiu dos dicionários da lingua portuguesa...sendo removida da lingua oficial portuguesa...Nos dicionários recentes de Portugues PT, nao encontrarás a palavra....

Em dicionários anteriores a 2002 penso k encontrarás....dependendo do dicionário...

O ciclo ja la vai ha mts anos, as coisas mudam....nao nos podemos fiar no k aprendemos ha 15 anos atrás...este mundo nao para e tamos a ficar velhos....

Mas continua a usar a palavra se assim te agradar...sabes k sou defensor k cada um deve falar como kizer, ja k a lingua para mim nao é nada mais nada menos k um meio de comunicação.....e uma vez estabelecida a comunicação de forma correcta nada a apontar....

Preciosismos é pos advogados k passam horas a pensar se akela pekena expressao pode ter uma segunda interpretação...ridiculo....mas respeitável....

Unknown disse...

PS: Claro k com o novo acordo ortográfico somos livres de usar muitos brasileirismos...mesmo num exame de Portugues

O Shihan disse...

Extá ditu! Uxemos a linguajem cumu kixermos.

Eucinéfilo disse...

"O termo nao teve uma aceitacao generalizada e por isso nao aparece nos dicionarios portugueses, apenas nos brasileiros, sendo considerado como um brasileirismo."

Não teve aceitação generalizada? mas o que é isso de ter "aceitação generalizada"? é dizer a todas as criancinhas na escola que a partir de agora têm de passar a usar "estória" no seu vocabulário?

Não aparece nos dicionários Portugueses!??

E isto é o quê? http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=estória

Depois quanto à suposta aceitação por parte dos brasileiros pode ler este artigo escrito por um

http://www.ciberduvidas.pt/controversias.php?rid=893

A palavra é portanto tão aceite por terras brasileira como por cá. Tem os seus defensores e os seus opositores (falo de especialistas na matéria, como é evidente)e é utilizada consoante as convicções filológicas de cada um (mais ou menos suportadas teoricamente).

Devo acrescentar que pessoalmente não utilizo a palavra, mas apenas por uma questão de estilo, nada mais.

Como em tudo, quando consultamos uma fonte, devemos certificarmo-nos da correcção da mesma ou, pelo menos, tentar encontrar algumas fontes mais. Quando lemos a wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Estória) e não pesquisamos em mais lado nenhum arriscamo-nos sempre a ser, no mínimo, parciais na nossa análise dos factos.

Unknown disse...

Senhor Eucinéfilo...

Tb vi esses sites todos k me estas a dizer....e por isso tb tens k ser imparcial....Kuanto à Wikipedia, fica sabendo k é o site mais conceituado em todo o mundo....Professores catedráticos tiram duvidas na wikipedia...Meras manias dos portugueses é k nao aceitam a wikipedia, kuando os textos na wikipedia tem todas as referencias cientificas lá...é so clicar nelas e terás acesso aos artigos...Podes é nao ter acesso aos artigos, tem k ser pagos, ou entao precisas de um acesso de uma instituição....Eu tenho esse acesso...Por isso as minhas fontes sao verdadeiras....

Verdadeiras pelo menos para mim, tal com disse, linguagem para mim é um meio de comunicação...nada mais...nao gosto de entrar em preciosismos estupidos, nao gosto de ser intelectual demais...gosto mais de acção, fazer com k as coisas acontecem...e nao somente pregar...

Kuanto ao estilo, o teu estilo é deveras bunito....Como disse, cada um fala com o estilo k kizer....Alguns tem por habito escrever coisas bunitas pk lhes dá felicidade, sao momentos de prazer....(Shihan e Helder)...outros recitam poemas (Carlitita)...outros xateiam os mesmos (Eu)....Agr so nao percebo uma coisa em ti. Nao és coerente...Até gosto de ti, mas para teres mais credito devias ser mais coerente...Talvez um dia, poderiamos ir beber uns copitos juntos, k dizes? ....

Há e já agora....nao és humilde e és arrogante...e isso sabes k é o ponto de partida para para a nao aceitação e para as pessoas não gostarem de ti...Um concelho...vai até a uma igreja e reza muito...e k tal frekuentares a mesma e entrares nas actividades dela e ajudares o proximo....

Experimenta...axo k serás mais feliz....

Eucinéfilo disse...

Caro Professor Doutor Roberto,

a sua resposta foi de tal forma escrita que quase me deixa sem palavras, há que admiti-lo. Nem sei por onde começar, tantos são os reparos a fazer...

Em relação à Wikipedia, não leu qualquer palavra minha a apontar o que quer que seja à mesma. Não disse que era boa ou má, só disse que devia ler MAIS coisas e não se cingir apenas a uma, até porque por mais referências que os mesmos artigos tenham (sob as denominadas normas de Vancouver) estas podem não compreender a totalidade das opiniões, ou seja, os diversos pontos de vista (pelo menos os mais importantes) sobre determinado assunto. Dando um exemplo - imaginemos que alguém escreve um artigo sobre a origem da vida na Terra, lendo 5000 textos/artigos/entrevistas-a-fanáticos-religiosos que defendem o criacionismo. Todos esses 5000 artigos defendem apenas o criacionismo, ou seja, o mesmo ponto de vista sobre a origem da vida na Terra, assim, por mais que constem na bibliografia desse artigo a referência a 5000 documentos, a abordagem do mesmo é parcial.
Quanto aos Professores Catedráticos tirarem dúvidas na Wikipédia, não ponho em causa. É muito provável que o façam, sobretudo em relação a temas muito fora da sua área de conhecimento e com o intuito de tirar uma dúvida rápida apenas, o que não torna a Wikipédia o "site mais conceituado do mundo" (conceituado em quê? por quem?Pelos vistos 2º você não o é pelos portugueses mas devemos confiar assim tanto no que diz? parece-me que você tem um sério problema em revelar fontes, talvez seja por não as ter, não?...).

Ainda em relação às fontes dos artigos da wikipedia, o artigo em questão tem 4 fontes, todas elas acessíveis a qualquer pessoa, mesmo os comuns mortais que não têm acesso a esses artigos tão importantes que são pagos e que só pessoas ímpares como você têm acesso.
Conhecedor como é, quase me sinto mal a lembrar-lhe que as normas de publicação em qualquer revista científica/técnica são muitíssimo mais rigorosas que as da wikipedia e que também esses artigos têm de divulgar todas as suas fontes (com as tais normas de Vancouver) e que só depois de serem avaliados por um conjunto de peritos na área (alguns dos quais os tais catedráticos que "tiram dúvidas na wikipedia") é que são publicados.

Quanto ao resto, começa a dizer-me que "para ter mais crédito devia ser mais coerente", o que vindo de alguém que inicia um comentário a um "post" por uma alegada má utilização de uma palavra e depois diz que se está nas tintas para como se escreve, dando tantos pontapés na Língua Portuguesa quantos aqueles consegue dar é, no mínimo, anedótico. Está-se nas tintas, mas comenta a utilização de uma palavra que alegadamente não existe. Escolhe a tal palavra que é utilizada por muitos e desdenhada por outros, mas depois escreve "concelho" em vez de "conselho", "bunito" em vez de "bonito" e por aí em diante num rol quase interminável de asneiras ortográficas inimagináveis para alguém que se preocupa tanto com aceitação ou não aceitação desse "neologismo proposto por João Ribeiro". Sinto-me afogado em tanta coerência...

Eucinéfilo disse...

(continuação)

Peço agora antecipadamente desculpa por apenas enumerar algumas das suas pérolas, mas são tantas que há que escolher aquelas que me deram mais gozo ler:

"(...)tal com disse, linguagem para mim é um meio de comunicação(...)"

pois é, caro Roberto, para nós é uma sandes de presunto e um fino. É frequente chegar a um bar e dizer ao empregado - Ó Zé, são duas linguagens e um prato de amendoins aqui pró pessoal!

"(...)não és humilde e és arrogante(...)"

É aqui que, no meio de todos os teus "neologismos",nos conseguimos aperceber da fineza da tua escrita, abusando das figuras de estilo (um pleonasmo neste caso em particular).

Quanto à minha eventual "não aceitação", agradeço sinceramente a sua preocupação, Roberto, mas se já leu outros comentários meus deve estar recordado que não busco aceitação, assim como não busco glória. Não busco admiração, assim como não busco reconhecimento. Procuro apenas a verdade, não a sua, não a minha, mas a verdade, aquela é única, inquestionável e que tantas vezes escapa ao mais arguto intelectual...

Quanto ao conselho (e não concelho, a não ser que estivesse a referir-se ao ordenamento do território, o que não creio) de ir à igreja e rezar muito, como deve imaginar, alguém tão herege quanto eu sou não é pessoa de ir à igreja rezar. Mais! não é pessoa sequer para acreditar na reza e em tudo o que está subjacente à mesma (como o Cristo Pai, o Cristo filho, o Espírito Santo e todas essas fábulas criadas por nós para melhor aceitarmos o facto de sermos apenas umas Volvox um pouco mais desenvolvidas).

Unknown disse...

Caro Eucinéfilo...

Voce é mesmo uma pessoa muito teorica....Ja pensou em experimentar...fazer algo util....Pessoas como voce, k so sabem o k estão nos livros nao xegam seker a ser uteis no mundo...Seja mais pratico...experimente...olha k a vida é curta....

Trate-se....todos sabemos k o k ker é protagonismo...mesmo negando para si proprio....

PS: Sou ateu

PS2: Comecei a falar sobre a palavra estória, meramente para xatear o shihan, k é meu amigo e no final continuamos amigos...Nao foi pk a palavra me fez confusao...

PS3: Eu sei bem os erros ortográficos k cometi....e continuarei a cometer....e voce senhor doutor, nao tem nada a ver com isso....Nao preciso k goste...

PS4: Dedique-se aos seus doentes e faça algo de util...Psiquiatria deverá assentar-lhe muito bem...Estará no seu habitat natural...

Eucinéfilo disse...

Meu caro Roberto,

gostaria de saber o porquê de eu ser uma pessoa "muito teórica". Bem sei que a única coisa que você imagina que eu possa fazer é...escrever, mas daí a classificar-me como "teórico", penso que será um pouco abusivo, não? É que pelo mesmo princípio eu poderia classificá-lo de igual modo, com a agravante para si que não será um "teórico" tão habilitado quanto eu (pelo menos a julgar pelas suas palavras, caso contrário não me consideraria como tal).
Vejo que generaliza com facilidade e contradiz-se ainda mais facilmente, chegando a conclusões mirabolantes sem fundamento algum (nem na Wikipedia), ora vejamos:

"Pessoas como voce, k so sabem o k estão nos livros(...)" - com que fundamento é que afirma tal coisa? foi um passarinho que lhe disse, ou é daqueles afortunados que tem o "dedinho sabichão"?

"(...)nao xegam seker a ser uteis no mundo"
Porquê? olhe que põe em causa a necessidade da filosofia, da história, da matemática, da física teórica, e muitas outras matérias cuja reflexão compreende a sua quase totalidade.

"Seja mais pratico)...)"
Mais uma vez pergunto, em que é que se baseia para dizer que eu não sou prático? não me diga que é pela avaliação da minha caligrafia...

"Trate-se....todos sabemos k o k ker é protagonismo...mesmo negando para si proprio..."
Bom, se aquilo que "todos sabem" é verdade (podendo eventualmente não ser) não estarei eu a "tratar-me" adquirindo o tal "protagonismo" que tanto "desejo"? Ou, se calhar se eu quisesse protagonismo tentaria adquiri-lo em Blogs ou fóruns com um maior número de visitas, mais expostos, com mais visibilidade, onde o tal protagonismo fosse efectivamente real?

Se sabe bem os erros que cometeu e os continua a fazer, mesmo sendo a tal "linguagem" o tal "meio de comunicação", pense que este será tanto melhor quanto melhor for compreendido por quem pretende comunicar. Se eu inventar um excelso idioma (tanto na escrita como oralmente) mas apenas eu o compreender, este não me serve de nada, não concorda?

Quanto ao tratar-me por "doutor", título que não possuo e tentar colar esse título a uma suposta actividade médica da minha parte (chega inclusivamente a falar de "meus doentes"), é outra das inimagináveis conclusões às quais você chega apenas lendo as minhas palavras.. o que até seria notável se alguma delas correspondesse à verdade, o que não acontece..

Hélder Aguiar disse...

Queiram ter a amabilidade de continuar, cavalheiros lol

Carla disse...

É sempre um prazer observar toda uma panóplia observações e constatações constantes e tão convictas enriquecedoras deste humilde e nobre blog =P

Unknown disse...

Caro Eucinefilo,

Desculpe se fui rude consigo...

Respondeu muito bem as minhas insinuacoes...Nao tenho mais o que dizer...

Ganhou o debate...

Parabens

PS: Espero desta vez nao ter escrito com nenhum erro ortografico (excepto aqueles que o teclado nao permite)

PS2: Nimpo e Carla, obrigado pelo apoio que nos deram, a mim e ao Eucinefilo

PS3: Gostaria mesmo de ir beber um copo consigo Eucinefilo para debater algumas ideias, prometo ser um cavalheiro, respeita-lo como merece e nao entrar neste tipo de linguagem ofensiva.

Mais uma vez, as minhas sinceras desculpas

Tenha uma boa semana

Eucinéfilo disse...

Caro Roberto,

de uma discussão não se pretende que haja um "vencedor pessoal", não se pretende que, que nem jogo de futebol (ou de outra coisa qualquer) um seja "melhor" ou "pior" que o outro. Pretende-se sim, chegar mais perto da verdade. Assim, quando parto para uma, ainda que ache que tenho razão, mantenho abertura para a mudança, assim os argumentos do "adversário" me convençam.

Quanto a eventuais rudezas, estas só acontecem quando alguém se sente insultado. Não me senti (como não me sentiria qualquer que fosse a ofensa), daí que não existem desculpas a serem pedidas, nem desculpas a serem aceites...

Uma boa semana para si também

Ricky disse...

Isso e o amor animalesco...