Querido Universo para onde vais tu e que faxes?
Hoje em dia é assumido como uma verdade quase absoluta que o universo está em expansão. As observações de Hubble (rapaz mais conhecido pela descoberta de outras galáxias para além da Via Láctea) vieram comprovar que as galáxias se vão afastando umas das outras, criando um espaço vazio entre elas que vai ficando cada vez maior.
Thomas Gold, Fred Hoyle e Hermann Bondi astrónomos do princípio do século passado desenvolveram uma teoria no mínimo espectacular que tem muito a ver com as preocupações ainda actuais sobre o estado do universo. A teoria tentando contrariar o pressuposto da expansão do universo defendia que este estava num estado estacionário, no sentido que se manteria sempre a mesma densidade e que no espaço deixado vazio entre as galáxias apareceriam outras galáxias.
Algumas perguntas óbvias impuseram-se:
E de onde é que esta matéria surge?
Se as galáxias se afastam o que acontece às outras que vão mais longe?
As respostas destes astrónomos de nomeada e inteligentíssimos homens foram as seguintes:
Surgem do nada. As galáxias vão tão depressa que acabam por sair do nosso universo.
Claro que esta teoria acabou por ser refutada em 1960 quando se descobriram os quasares, que apesar do nome sugerir que são quase estrelas, na realidade são núcleos de galáxias extremamente luminosos. Estes objectos estão extraordinariamente longe, a distâncias que anteriormente não se podiam suspeitar o que acabou por deitar por terra as ideias de Gold, mas a machadada final nesta teoria foi a descoberta da radiação cósmica de fundo, aquilo a que se chama a radiação fóssil do Big Bang.
A teoria do estado estacionário hoje em dia e mesmo à época soa ridícula e provocatória e mesmo sem grande base de sustentabilidade teve o mérito de espevitar a curiosidade e envolver mais astrofísicos na defesa do modelo hoje defendido do universo em expansão e serve de exemplo de como até a mais mirabolante das teorias pode ser útil na discussão e na elucidação das maiores dúvidas do homem.
O Homem esta coisa minúscula e insignificante exiguidade de matéria de um planeta que gira a volta de uma pequena estrela, uma em 120 milhões que constituem esta pequena ilha no espaço que chamamos Via Láctea. E apesar desta ilha estar cada vez mais distante de outras galáxias, não precisamos de ter medo da solidão, porque as leis das probabilidades dizem-nos que esse facto afigura-se altamente improvável.
A imaginação de George Lucas será assim tão descabida?
Fui.
Ok é capaz de ser um bocadinho.
1 comentários:
Universo QUE FAXES??? lololol
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