Parece mais um lugar comum, mas João Bénard da Costa foi um exemplo, alguém que inspirou escrevendo o gosto pelo cinema. Morreu a semana passada, soube hoje.
“... um clima cada vez maior, que é a rejeição de um passado. Como a pessoa que, quando eu digo que vi um filme óptimo, me pergunta: «Mas onde está esse filme?», «Passou na Cinemateca. É um filme de 1940.», «Que horror, filmes antigos. É a preto e branco? Não vou ver.» Isso não acontece em nenhuma outra arte (…). Ninguém considera Bach muito antigo. Ou Dante, Homero. Porque é que no cinema se cria uma mentalidade desse género, ligado às modas: «Um filme com mais de cinco ou dez anos já não interessa, isso é do tempo da Maria Cachucha»? Isso é que é a aberração, não tenho nada contra o que se faz hoje, o bom que se continua a fazer."
2 comentários:
Muito verdade! É precisamente por este ideal da intemporalidade dos bons filmes que o blogue tem lutado. Até sempre João Benard...
E a Lady Gaga?
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