Sinceramente, não percebo o porquê do nosso blog ser tão procurado por termos tão pouco indecorosos. Depois do “cotas todas mulhadas”, foi a vez de um(a) visitante, proveniente do Brasil, aqui parar após uma procura no google por: “conas mulhadas”
Bem sei que temos um passado obscuro que nada nos dignifica (pelo menos da minha parte, também não me envergonha), mas nunca pensei que tantos(as) indivíduos(as) continuassem a revolvê-lo com tanta frequência.
A vida é feita de etapas e momentos, há 3 anos atrás éramos, claramente, bem mais lascivos e menos cuidados nas nossas palavras, mas isso hoje não justifica estas associações brejeiras, não fosse o nosso histórico continuar acessível e manter-se uma mancha na nossa reputação de idoneidade, caso que felizmente, não acontece na vida real - imaginem as pessoas poderem constantemente rever o dia em que o Cavácu armado em “mangulo” se afirmou a umas febras naquela foam party em Boliqueime no ido ano 1960, ou pior, podermos rever todas as sacudidelas, em momentos menos oportunos, que promoveu ao seu saco testicular e no qual já é mundialmente famoso. É terrivelmente confrangedor, e é dessa forma que nos sentimos.
Apesar disto, resolvemos trazer para pergunta a responder este mês - pelo vistos a primeira de 2009, e que melhor forma de começar - um assunto de igual calibre, mas de uma desconcertante originalidade:
Arrived from google.com.br on "Os Amendoins do Ricky - Onde cultura e parvalheira se entrecruzam de forma abominável" searching for: “Melhor forma de fazer amor?” from Salvador da Baia.
Ora aí está uma pergunta que aparenta resposta mais fácil do que na realidade o é. Ao primeiro pensamento ocorre-me logo que seja com uma mulher, no meu caso, mas logo aqui se revela a importância do gosto particular de cada um na resposta. De ressalvar que estamos a falar de amor e neste contexto não me consigo abstrair da definição que tenho para mim. A melhor forma de o fazer é com a pessoa que realmente amamos e nos ama de forma idêntica – há muitos equívocos por aí –, num sitio que seja confortável e em que os dois estejam à vontade – talvez possam ser mais do que dois, hoje em dia já se vê de tudo -, de preferência no lusco-fusco, bem hidratados, mas sem o bucho muito preenchido, a arder de paixão, dispostos a entregarem-se num comprometimento consciente – pode ser terrível acordar para a consciência depois dos acontecimentos.
Bem, como já dei bem a entender não percebo muito disto e a dificuldade da pergunta, de cariz elevadíssimo e extremamente particular, requer uma reflexão de todos. Devolvo por isso, as atenções para os comentários dos restantes colaboradores e visitantes habituais e fortuitos. Estou certo que não faltaram acrescentos interessantíssimos para elucidar este amigo de Salvador da Bahia. Conto com vocês.
10 comentários:
A minha receita para o amor:
Ingredientes:
- 1 lata de leite condensado
- casca ralada de 1 limão
- 6 bananas maduras
- 2 colheres de sopa de manteiga
- 3 colheres de sopa de coco ralado
- 1 colher de chá de canela em pó - 2 gemas
Confecção:
- Descascar as bananas e cortar ao meio no sentido do comprimento.
- Colocar num pirex que possa ir à mesa e ao forno.
- Polvilhar com a casca ralada do limão, a canela e nozinhas de manteiga.
- Misturar muito bem o leite condensado com as gemas e verter por cima das bananas.
- Polvilhar com coco ralado.
- Levar ao forno a gratinar até ficar dourado.
- Servir bem quentinho ou morno.
O que é o amor?
Fazer amor é realizar um acto sem tempo, lugar ou objectivo, elevando os sentidos e os sentimentos a um patamar para lá de qualquer explicação concreta, científica e/ou plausível, sem impor qualquer limite dentro do desejado, tolerado e aprazível.
Acho que diz tudo. =)
Fazer amor não se limita a géneros, idades, ou quaisquer outras medidas quantificáveis, contando com o grau de alcoolemia no sangue, por exemplo.
E não, não creio que seja um acto animalesco e de necessidades primárias satisfeitas às escuras num espaço de curtos minutos, como há gente que proclama.
Cada um com a sua ideia. Mas fazer amor não é uma ciência, mas sim uma liberdade de espírito
Percebo o que dizem, há que distinguir o sexo do amor, são coisas diferentes. O segundo leva sempre ao primeiro, mas o contrário já não se verifica.
Quanto ao sexo com amor ou sem, não deixa de ser um acto animalesco e é o que mais nos aproxima da irracionalidade que vemos nas outras espécies.
Luís
Ker keiramos ker nao, o sexo revela o kuanto animalescos somos e o kuanto atrasados ainda estamos em termos evolutivos....
Visto a distancia de um olhar independente nao passa de um mero ritual sem nexo nenhum...
Tenhu dito
Tirando o nexo da procriação Skykodak. E essa de atrasados em termos evolutivos também é muito boa, que eu saiba é o sexo e portanto a reprodução uma característica essencial em termos de evolução.
Luís
Atrasados em termos evolutivos ? Não entendo a associação entre ter relações sexuais e tal ideia...
Creio que tal depende do entendimento e encaminhamento do acto por parte de cada pessoa.
Se partilhar orgasmos com alguém que se goste bastante (entre outras coisas interessantes nesse âmbito) for um atraso evolutivo, para quê evoluir...?
Como é possível abominar tal coisa ou colocar tais necessidades em último plano? Não são essenciais, mas proporcionam grande felicidade.
- Um "pequeno" exemplo -
http://cromossomay.com/artigos/20-razoes-porque-deve-fazer-sexo-convenca
Tudo questões curiosíssimas acerca de um acto que é, no fundo, ridículo visto aos olhos de um extraterrestre... Enfim, admitamos. E no entanto é o que fornece balanço ao mundo... (algum que seja) pois é a melhor fonte de prazer e desconexão da realidade : )
Façamos muito amor, Deus nosso senhor o apoia.. quanto à melhor maneira, é subjectivo... existem variadíssimas formas de o fazer, desde as mais clássicas às capazes de originar maleitas na coluna vertebral... Caberá a cada um decidir com o(a) seu/sua parceiro(s), após um debate de proporções épicas, as melhores formas de se sentirem realizados e fabricarem filhinhos...
Se estamos a falar de sexo, como toda a gente assim o percebeu (eu cá não sei qual era o verdadeiro propósito da pergunta do senhor de Salvador da Bahia), também não me parece que sejamos mais atrasados evolutivamente por isso, ou estamos a considerar os seres assexuados mais evoluídos só por esse motivo?
De qualquer das formas, é dos actos que mais nos aproxima dos nossos parentes mais próximos, a par do instinto de sobrevivência, por exemplo. Há muitos outros comportamentos, até desviantes da nossa natureza, que nos devia envergonhar muito mais enquanto espécie, mesmo quando se trata da busca do prazer.
A propósito do assunto do amor, havia um psicólogo americano que estabelecia 3 componentes para o amor: intimidade, paixão e compromisso. A combinação destas 3 componentes definiria o tipo de amor que temos pelo outro. Por exemplo: uma amizade terá um grande nível de intimidade, mas pouco compromisso e paixão, o amor "total" teria de tudo na dose máxima. É um modelo tão contestável como tantos outros, mas quanto a uma determinação de amor, acho que nunca chegaremos a um verdadeiro consenso.
Muito interessante essa concepção de facto.
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