sábado, janeiro 31, 2009


Um alguém chamado ninguém?


Realidade que te venda os sentidos,
Livra-te dela
Poeira suja, negra... vazia.
De onde veio não sabes,
Não queres saber,
Não te incomoda.
É pequena, incapaz,
Como tu.
Porque sorris?
Estás descalço, despido de ti
Sentes a perda, como sempre,
Sentes-te alguém, quase nunca.
Conheces o frio que sentes?
É amargo como a tua lembrança,
Quente como a tua ferida,
Estás perdido?
Livra-te dela
Realidade suja, negra... vazia.
Despe-te dela,
Deixa-te sorrir.

4 comentários:

Anónimo disse...

Outra vez não. Pfv

O Shihan disse...

Outra vez sim! Costuma-se dizer que quem fala assim não é gago. A nossa Carlititita é o que de mais próximo temos de Platão e muitos nos alegra as suas prosas, sempre envoltas em particularidades muito pertinentes, e quem o diz não é anónimo.

Hélder Aguiar disse...

está muito bonito carlitinha... essas tuas metáforas paradoxais!! Parabéns!

Sérgio Amaral disse...

Estava longe de imaginar tal veia criadora e inspiradora.

Deixa os teus sentidos sorrir e contagiar todos aqueles que tens como amigos.