terça-feira, novembro 11, 2008

E se o desafio for mudar as regras do jogo?


E se as palavras desafiarem as tonalidades da tua mente?
E se um jogo te levar num percurso descentralizado?
Ofereço-te umas pistas… Lê e pinta o teu quadro de pensamento =)


Permite-me que te faça um convite...
Permite-te cada ânsia de fazer, de cometer, de realizar que sem perceberes te toca o pensamento e te questiona a tua passividade,
Permite-te cada sonoridade de alma que absorve o teu querer, o teu saber,
Deixa-te levar num jogo de cores, pinta a tua personalidade...
E se o desafio for mudar as regras do jogo?
E se o cenário te introduzir uma linguagem que não entendes?
E se os objectivos que idealizaste te parecerem incolores?
Reinventa essa energia interior,
Fragmenta o entusiasmo que há em ti e que por momentos descansou fora de tempo,
Descobre-te nesse descentralizar de percurso,
Porque a unidade de ti te procura e o descolorar das tuas dúvidas te provoca.
Priviligia cada capacidade tua, cada desejo que vislumbras,
As pistas, essas encontras no trajecto,
E as personagens caricaturam cada passo,
Porque a tarefa de desvendar a pintura é tua,
E o modelar de tonalidades teu,
Porque és tu o actor na peça em que o pintor decide cada traço,
És tu quem decide se descansas ou não fora de tempo.

19 comentários:

Hélder Aguiar disse...

Bonito poema Carla, muito assertivo e inquisidor. A imaginação é um bem precioso e aqui está o mundo, pleno de infindáveis tesouros por descobrir, sentir e reinventar. Cada dia é um milagre por si só. Parabéns!

Carla disse...

Meu caro "eucinéfalo", faço-lhe daqui convite a comentar as minhas absorventes palavras...
Com um soluço pitoresco me despeço.

*

Carla disse...

Foi com agrado que recebi as tuas elogiosas palavras menino Nimpo, a ti um muito obrigada.
A imaginação tem o poder de preencher o lado criador de cada um de nós, é-nos dada a matéria sem nos ser pedido nada em troca, por isso...
Vamos desfrutar deste mundo nosso, vamos criar! :)

Hélder Aguiar disse...

ai ai carlitita, talvez não tenhas esfregado suficientemente a lamparina para aparecer o génio Eucinéfilo...

Amendoim do Ricky disse...

Carlititita o teu absorvente âmago não nos pára de surpreender. De ti já não esperámos menos, além de uma sopinha de legumes.

paula disse...

Muito bonito e inspirador o teu colorido poema =) Acho que podes tirar os outros que guardas tão secretamente na tua gaveta e deixar a imaginação fluir pois todos nos agradecemos!
Continua =P
Beijo*

Anónimo disse...

Temos artista!

Anónimo disse...

Cara "Carla", um poema não é um texto vulgar, é algo cuja forma se sobrepõe ao conteúdo a maior parte das vezes, sendo que, quando a forma é sublime e o conteúdo daí se aproxima, podemos dizer que estamos perante uma obra de arte...

O seu, infelizmente para todos nós que o tivemos de ler, não satisfaz nem quanto ao conteúdo - de uma banalidade extrema - nem quanto à forma - que podemos classificar simpaticamente de "suficientezinha"...

As suas palavras, portanto, de absorvente tiveram muito pouco, quanto muito poderíamos classificá-las de "adsorventes" visto a ausência de profundidade do conteúdo não dos deixar de ir para além da superfície...

Hélder Aguiar disse...

Ah, aqui está o génio Eucinéfilo, autor de variadíssimas obras ímpares da poesia mundial, com a sua crítica construtiva e edificante! Insulte-nos, esmague-nos, pulverize-nos, mas poderá mostrar-nos também o caminho para esse seu paraíso literário, intelectual, cultural, seja o que for?

Anónimo disse...

Caro Nimpo, a análise requer reflexão, não arte ou criatividade. Assim, podemos dizer se este ou aquele jogador de futebol o estão a fazer correctamente sem termos a habilidade que ele tem...

Como já devia saber, e sob pena de estar a ficar repetitivo, não esmago nem pulverizo ninguém, emito apenas uma opinião..
Acho piada pedirem opinião e depois ficarem chateados pela mesma não os agradar.. o "politicamente correcto" é mais destrutivo que qualquer crítica mal-intencionada (que não foi o caso), amputa o espírito crítico, a capacidade de análise, a inteligência...

Sejamos pois livres de pensar o que quisermos, de ter uma opinião, e de que esta possa ser diferente da de outro com quem se partilha amizade e respeito..

Carla disse...

Quanta falta de sentido sensível Eucinéfilo...

Não generalize dessa forma a sua singular opinião, certamente que nem todos aqueles que tiveram oportunidade de ler as minhas absorventes palavras sentiram tal infelicidade.
Tenho pena se o seu carente entender artístico não o permitiu ir para além da dita "superfície"... Estou certa de que iria ficar muito mais satisfeito com o meu escrito.
Sabe que a sensibilização para o fruir de valores estéticos também é uma arte.

Pretendi criar apenas uma "obra de arte" em estado líquido. Dê-se à oportunidade da sensibilidade.

Mariana disse...

Ai minha querida Carlititita!
Que posso eu dizer... Eu não esperava menos do que aqui apresentas!! Sendo eu conhecedora da tua paixão pelas letras, pelo fascínio, pela perfeição!! Pois bem, está um belo poema merecedor de muitos parabéns! Continua a despoletar a tua mente, continua apostar no teu saber, continua... e nos cá esperamos por mais! =)

Anónimo disse...

Cara Carla, pediu-me uma opinião, eu dei-a. Mais honesto não poderia ter sido.
Ficamos portanto a saber que, ou se gosta do que escreve ou então falta-nos algo que designa como "sentido sensível", seja lá o que isso for.

Se ler bem a minha crítica, refiro que só não se pode ir mais profundamente porque o conteúdo não o permite. O factor limitante é portante o conteúdo (ou a falta dele) e não o meu "entender artístico".

Ao contrário de você, não creio que "a sensibilização para o fruir de valores estéticos" seja uma forma de arte, o que não implica que eu não estivesse sensibilizado para o que quer que fosse. Já pensou que talvez o erro tenha sido mesmo seu? que o seu "poema" tenha sido mesmo mau? que as pessoas que aqui lhe dão os parabéns só o fazem porque são suas amigas?
Uma verdadeira obra de arte desperta aqueles que não a procuram. Espanta-os, surpreende-os. Se precisarmos de olhar com muita atenção e fazer um esforço muito grande para captar a essência artística de algo, acabamos, a maior parte das vezes, por captar a nossa própria essência artística, projectando qualidades estéticas naquilo que não as tem.

Dei a minha sincera opinião porque a respeito. Caso contrário diria que estava muito bem, muito bonito, o que a incentivaria a continuar a produzir obras que se aproximam perigosamente da nulidade estética. Não o fiz e espero que o próximo poema seu que ler seja melhor que este.

Amendoim do Ricky disse...

Eucinéfalo, como já antes o tinha alertado poderia justificar-se melhor não tentando tecer considerações sobre terceiros. É mais uma vez iníquo e intelectualmente pouco sério. Penso que as manifestações positivas consensuais que aqui foram dadas por quem achou por bem as dar, são genuínas, não vejo necessidade de pertenças falsidades. Claro que podemos não estar ao seu nível interpretativo, nem habitar o seu éden artístico ao lado de Platão, mas pelo menos sabemos diferenciar entre obras de um filósofo do terceiro século depois de Cristo e um pequeno texto do século 21. Provavelmente seremos todos medíocres ao seu lado, particularmente eu, mas como ainda não o vi a fazer melhor do que tanta crítica por aqui, continuo a duvidar disso.

Anónimo disse...

Caro "o shihan", não esperava outra coisa de si que não contrariar a minha opinião.
Não duvido da genuidade da amizade que todos vós nutrem pela "carla", amizade essa que, ainda que de forma inconsciente (pelos vistos), pode deturpar uma análise supostamente isenta.

Como já aqui disse, a análise é independente do talento, ou seja, posso escrever pior que você e dizer se você escreve bem ou mal, é aliás isso que a esmagadora maioria dos críticos literários e professores universitários, por exemplo, fazem. Certo que já tinha compreendido isto na resposta que dei ao Nimpo, não me alargarei mais...

Quanto ao filósofo do séc III d.c., fiquei na dúvida sobre quem está a falar. Será de Platão? Olhe que esse nasceu (e morreu) alguns "aninhos" antes de Deus se lembrar de descer à Terra em forma de filho de si próprio...

Hélder Aguiar disse...

Meu caro Eucinéfilo, será a temática, o propósito do poema tão banal: um convite ao inconformismo, à creatividade, à explosão de sentimentos e ideias? Ainda que não seja um texto para prémio nobel, claro que não, longe disso claro, mas está bem escrito e, acima de tudo, manifesta ideias humanamente inspiradoras. No fundo, é o que falta à maior parte dos Homens da nossa sociedade, a ousadia de pensar, ser livre e creativo em desprimor da máquina implacável a que estamos sujeitos. A audácia de sair do vazio que representa a folha de papel. Parabéns Carlita.

Amendoim do Ricky disse...

Pois é eucinéfalo, sempre atento conseguiu passar no desafio, mostrando-se atento e perspicaz, seja pela sua sabedoria ou capacidades de busca de informação.

Eu não tenho o hábito de ler regularmente textos arcaicos de filósofos gregos, por isso solicito-o a partilhar com todos nós as obras que achar pertinentes de Platão, ensinando-nos e explicando-nos tais matérias e exemplos de arte que segundo si estamos longe de conhecer e compreender. Torne também você este lugar um sítio melhor.

Amendoim do Ricky disse...

Nimpo, não continues a tentar explicar o que é inexplicável para o Eucinéfalo, o seu génio mirabolante e divino não permite tal cousa.

Carla disse...

Caro Eucinéfilo, “sentido sensível” é o manifesto mais genuíno da experimentação da “arte” em sua verdade. E a questão será pois, até que ponto o pequeno texto que o convidei a ler e a exprimir a sua opinião, é considerado... arte? Admitindo a mesma como uma “forma de expressão subjectiva do ser humano”, creio haver um sério grau de verdade naquilo que digo.

Quanto à falta de profundidade, aos seus olhos talvez. O conteúdo no qual a revejo, tal como diria o amigo Nimpo , não digno de um prémio Nobel , é digno com certeza de opiniões sinceras.

“Fazer um esforço muito grande para captar a essência artística de algo”, acaba de facto por tornar a opinião artística um tanto ou quanto “viciada”, não discordo. No entanto, não me parece necessário recorrer a tal esforço para que um quadro de pensamento, por mais pequeno e frágil que seja, ajude a pintar a sensibilidade do ser humano mais “sábio”.

Sabia que “sair da sombra do silêncio é cair na impunidade”?

Agradeço a sua opinião sincera, votos faço para que assim seja sempre.