domingo, setembro 14, 2008

Wall E de Andrew Stanton (2008)
Género:  Animação / Aventura / Comédia / Drama
Este é um dos títulos que entrou directamente para a restrita galeria de filmes que compõem o meu imaginário, tal como a primeira trilogia de Star Wars ou os clássicos filmes de animação da Disney que infindavelmente via no velhinho VHS.


Wall-E, acrónimo de Waste Allocation Load Lifters - Earth-Class é um pequeno robô catador e empacotador de lixo que é deixado para trás num planeta Terra decrépito e imundo que levou a que toda a humanidade tivesse que o abandonar e viver até à data em naves espaciais controladas exclusivamente por dróides, levando a que o ser humano se transformasse em gigantes e gordos bebés, obrigados a não fazer nada, inclusive abstendo-se de se movimentar pelos próprios meios.

Criado pelos génios da Disney-Pixar, auxiliados desta vez pelo engenheiro de som Ben Burtt ligado à LucasFilm e génio de efeitos especiais sonoros, criador dos grunhidos de Chewbacca, da voz do mítico Darth Vader ou da voz de ET que na verdade, é a voz da sua mulher constipada, trouxe este filme para a dimensão da comédia muda dos filmes de Charlie Chaplin.

Em termos técnicos para mim tudo me pareceu perfeito. É arrepiante até onde o 3D nos pode levar, sublinho no entanto a extrema expressividade empregada na personagem principal e que apesar do seu aspecto de robô facilmente se lê toda a expressividade do sentimento humano.

Wall-E não é um filme convencional. É uma comédia, um drama, uma aventura, um romance, é tudo isto em partes e num só. Não é um filme para crianças, foi pensado exactamente para os seus pais. Carregado de um humor inteligente, irónico e crítico sem utilizar a maioria das vezes uma única palavra é um recado a uma humanidade cada vez menos importada com o planeta onde vive e mais com um espaço exterior onde não pertence enquanto se dá ao laxismo de destruir a sua casa e cede à inércia da inutilidade.

Por fim recordarei para todo o sempre (se nenhuma doença do foro neurológico me afectar entrentanto) a hora e meia de filme, inclusive genérico final no qual siderado na cadeira com os olhos no ecrã e ouvidos na música final que tão bem resume toda a mensagem do filme e comprova o génio de Peter Gabriel como escritor de melodias se finaliza este pedaço de obra de arte.



Fui

2 comentários:

Anónimo disse...

Que crime ainda não ter visto o filme... Os senhores da Pixar provam mais uma vez estar na vanguarda da arte cinematográfica.

Mariana disse...

O melhor filme de animação que já vi sem dúvida!
Toda a expressividade dada a meros robos está fantástica! É impressionante como um mero reciclador de lixo, com ínfimos diálogos, consegue transmitir tão enriquecedoras mensagens!
Fantástico!
E sim, Down to Earth de Peter Gabriel é bastante prazerosa para desfecho do filme.

Wall-e quero ver-te de novo!! =)