Senhor Sócrates, dê-me o direito à indignação.
E permita-me o direito ao exemplo, por força da proximidade:
Um casal com um filho deficiente, o pai com um rendimento abaixo dos 7000€ anuais, a mãe desempregada (posta na rua por um empresário caloteiro, ganancioso e criminoso), o filho com uma deficiência mental e dependente dos progenitores, provavelmente para o resto da vida. Este ano passaram do 1º escalão do IRS para o escalão 3º escalão do IRS, o que se assemelha a dizer, entre muitas coisas, que deixaram de ter qualquer apoio, por exemplo, na alimentação escolar do filho, ou financeiro na compra de livros escolares.
O chavão de que os ricos cada vez estão mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres, parece nunca ter feito tanto sentido quanto o faz hoje, e não pegam as justificações com o preço do petróleo e a crise da economia mundial.
É revoltante quando se vê o agudizar das diferenças sociais e precariedade da vida das pessoas, principalmente quando estas são promovidas por decreto, a partir de gabinetes palacianos e pelo punho de áulicos visionários da vanguarda da modernidade social.
Fui, mas com asco.
É revoltante quando se vê o agudizar das diferenças sociais e precariedade da vida das pessoas, principalmente quando estas são promovidas por decreto, a partir de gabinetes palacianos e pelo punho de áulicos visionários da vanguarda da modernidade social.
Fui, mas com asco.
1 comentários:
É verdade Shihan, ainda bem que ficou aqui registado o desagrado que também tenho vindo a sentir pelo exagero anti-social deste governo. Também tenho exemplos semelhantes, e mesmo em situações ainda mais escandalosas. Tudo bem que estamos em crise e exigem-se medidas profundas e reformas acentuadas, mas vejo quase somente a classe média ser penalizada. Cada vez há mais pobreza e classe média baixa. Exige-se que o partido do governo faça também jus ao título "social" que ostenta no nome.
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