There Will be Blood de Paul Thomas Anderson (2007)
Género: Drama / Thriller
Ainda não chegado às salas de cinema, o filme "There Will be Blood" de Paul Thomas Anderson já é porventura conhecido de todos nós pela sua recente nomeação para os óscares da academia americana. Os Amendoins do Ricky tiveram o privilégio de o visualizar, neste presente dia, e é agora sujeito a esta pequena e pitoresca revisão. Perguntar-se-ão neste momento os prezadíssimos utilizadores deste blogue como fora possível tal preâmbulo acontecer, questão essa que nos obriga a remeter à segurança de um silêncio sepulcral...
Bom, para começar, o filme retrata os primórdios da exploração do petróleo na poderosa e magnânime nação a que designamos de EUA. Toda a história da narrativa vive bastante (mas não só) do desempenho do talentoso Daniel Day-Lewis (considerado em conversas de café o actor da história do cinema que mais bem geriu a carreira). Este, impregna uma vivacidade e substância especiais à personagem que encarna, o magnata do petróleo Daniel Plainview. Por outro lado, o desempenho do jovem Paul Dano, o profeta da profícua "Igreja das 6 revelações" (ou algo do género) não deixa margem para críticas - um autêntico confronto de gerações em termos de talento de interpretação. A história acaba por se centrar nas vivências de Lewis nos altos e baixos do seu negócio, nomeadamente a sua ociosidade cega, e as implicações que isso acabará por acarretar: tanto na progressivamente dramática relação com o filho, como na relação conflituosa e até anedótica, de sucessivas inversões dos papéis de poder, com o profeta da cidade local. Este, serve também de âncora para expor, de forma sarcástica, a proliferação nesta época de seitas e cultos religiosos de interesse menos legítimo (que podemos infelizmente ainda constatar hoje!!).
A direcção do filme está de facto de parabéns, conseguindo transformar uma história quase banal numa película que nos prende verdadeiramente ao ecrã, não só pela riqueza das personagens, passando pela forma como as cenas são elaboradas (notando-se aqui um trabalho meticuloso) até aos criteriosos efeitos sonoros, criando uma tensão angustiante ao longo da narrativa. Uma das cenas mais brilhantes do filme foi aquando do evento dramático que marcaria para sempre o filho de Plainview, com a música de fundo a objectivar de uma forma atroz tudo aquilo que a personagem perdera. Verdadeiramente tocante, irão perceber na altura.
Sem dúvida, um filme merecedor de uma nomeação para óscar e que vale a pena ver (e quem sabe, rever).
Bom, para começar, o filme retrata os primórdios da exploração do petróleo na poderosa e magnânime nação a que designamos de EUA. Toda a história da narrativa vive bastante (mas não só) do desempenho do talentoso Daniel Day-Lewis (considerado em conversas de café o actor da história do cinema que mais bem geriu a carreira). Este, impregna uma vivacidade e substância especiais à personagem que encarna, o magnata do petróleo Daniel Plainview. Por outro lado, o desempenho do jovem Paul Dano, o profeta da profícua "Igreja das 6 revelações" (ou algo do género) não deixa margem para críticas - um autêntico confronto de gerações em termos de talento de interpretação. A história acaba por se centrar nas vivências de Lewis nos altos e baixos do seu negócio, nomeadamente a sua ociosidade cega, e as implicações que isso acabará por acarretar: tanto na progressivamente dramática relação com o filho, como na relação conflituosa e até anedótica, de sucessivas inversões dos papéis de poder, com o profeta da cidade local. Este, serve também de âncora para expor, de forma sarcástica, a proliferação nesta época de seitas e cultos religiosos de interesse menos legítimo (que podemos infelizmente ainda constatar hoje!!).
A direcção do filme está de facto de parabéns, conseguindo transformar uma história quase banal numa película que nos prende verdadeiramente ao ecrã, não só pela riqueza das personagens, passando pela forma como as cenas são elaboradas (notando-se aqui um trabalho meticuloso) até aos criteriosos efeitos sonoros, criando uma tensão angustiante ao longo da narrativa. Uma das cenas mais brilhantes do filme foi aquando do evento dramático que marcaria para sempre o filho de Plainview, com a música de fundo a objectivar de uma forma atroz tudo aquilo que a personagem perdera. Verdadeiramente tocante, irão perceber na altura.
Sem dúvida, um filme merecedor de uma nomeação para óscar e que vale a pena ver (e quem sabe, rever).
1 comentários:
Excelente review de um filme que há partida já está praticamente vendido pela imprensa para ser um sucesso.
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